Esta semana, foi apresentado no European Congress of Pathology (ECP) a caracterização do uso de um novo marcador tumoral. Ainda em fase de teste, o kit produzido pela Ventana Medical Systems, subsidiária do grupo Roche, foi testado por sete laboratórios ao redor do mundo, sendo o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) o único representante da América Latina no estudo.
A proposta visa tornar mais rápido e acessível a identificação de uma mutação genética associada a alguns tumores cancerígenos. Geralmente, esse mapeamento só poderia se dar através de sequenciamento genético, um processo mais demorado e de alto custo. Porém, a proposta do kit é realizar esta identificação através de uma avaliação imunoistoquímica, que é capaz de distinguir a mutação utilizando anticorpos específicos, que agem como sinalizadores da molécula em questão.
“Nosso papel no estudo, junto aos outros laboratórios e centros de pesquisa, é validar se a identificação realmente é concreta e, como encontramos basicamente os mesmos resultados em todo o mundo, o próximo passo é analisarmos os escores de cada laboratório para ver se o teste pode ser aplicado clinicamente. Esse marcador faria o custo da identificação tumoral cair de 15mil reais para cerca de 500 reais”, relata o Dr. Fernando Soares, Diretor Médico de Anatomia Patológica na Rede D’Or São Luiz (RDSL) e pesquisador representante do IDOR na pesquisa.
A primeira etapa desta pesquisa foi apresentada nesta segunda-feira (09/09), em Nice, na França, sendo o evento organizado pela Sociedade Europeia de Patologia.
Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.