Mudança no estilo de vida pode fazer parte de tratamentos
A pesquisa revela suas limitações, sendo uma delas a redução dos participantes na segunda etapa do questionário, que resultou em uma amostra 30% menor após os 3 meses do estudo. Ainda assim, os resultados da publicação têm implicações clínicas muito importantes e reiteram a importância de hábitos saudáveis de alimentação e exercício físico como intervenções a serem consideradas no controle de sintomas obsessivo-compulsivos.
É sempre importante lembrar que culpabilizar os indivíduos por seus estilos de vida é uma ação injusta, pois desconsidera as particularidades da realidade de cada pessoa, entre elas condições financeiras, disponibilidade de tempo e até fatores como segurança do ambiente e acessibilidade a diversos recursos.
O estudo não busca forçar padrões ideais de comportamento para pessoas com que já sofrem com problemas obsessivos-compulsivos. Segundo os autores, seu principal objetivo é conscientizar os profissionais de saúde sobre a importância de intervenções no estilo de vida, pois mostram resultados reais e sem efeitos adversos, que podem ser um recurso adicional a tratamentos tradicionais como a terapia cognitivo-comportamental e a prescrição de inibidores da recaptura de serotonina, que são terapias muito comuns para pessoas com diagnósticos como o TOC.
Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)
Para problemas do espectro obsessivo-compulsivo, é cientificamente comprovado que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) consegue trazer melhora para boa parte dos pacientes. Mas você sabia que a TCC também tem diferentes especialidades?
A terapia de aceitação e compromisso, também chamada de ACT, é uma terapia cognitivo-comportamental cujo objetivo é aumentar a flexibilidade psicológica de seus pacientes. Essa terapia é baseada em estratégias de aceitação, mindfulness e compromisso com os valores importantes para a pessoa, a fim de obter mudanças de comportamento que podem também ser mudanças de estilo de vida.
A ACT acredita que o sofrimento humano surge a partir de uma inflexibilidade psicológica, e isso pode fazer com que as pessoas tenham dificuldade em agir de acordo com as decisões que consideram as melhores para si.
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Escrito por Maria Eduarda Ledo Martins de Abreu.