Nos últimos anos, a epidemia de Zika vírus (ZIKV) que atingiu o Brasil, especialmente a região Nordeste, chamou atenção devido aos casos de microcefalia e outras malformações congênitas, conhecidas como Síndrome Congênita do Zika. A alta incidência de casos graves em algumas regiões específicas levantou a hipótese de que fatores ambientais poderiam estar agravando os efeitos do vírus. Um novo estudo publicado na revista Scientific Reports e realizado por pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revelou o papel da saxitoxina (STX), uma neurotoxina presente na água de reservatórios contaminados por cianobactérias, no aumento dos danos neuronais causados pelo ZIKV.