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“Ciências Ômicas” Podem Revelar Biomarcadores para Orientar a Prevenção do Suicídio

“Ciências Ômicas” Podem Revelar Biomarcadores para Orientar a Prevenção do Suicídio

Estudo utiliza ferramentas de precisão molecular para identificar mecanismos biológicos que podem ser alvos de intervenções terapêuticas 

Um estudo publicado na revista Psychiatry Research, liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina com apoio do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), utilizou ferramentas de alta precisão molecular para identificar alterações no cérebro de indivíduos que cometeram suicídio. A pesquisa destaca potenciais biomarcadores, alguns identificáveis no sangue, que podem ajudar a prever e evitar os comportamentos suicidas. 

 

Suicídio: uma preocupação global 

O suicídio é uma importante causa de morte no mundo, responsável por aproximadamente 700 mil óbitos anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O comportamento suicida, ao contrário do que muitos pensam, não é sempre impulsivo, variando desde pensamentos (ideação suicida) até a tentativa e conclusão do ato. O impacto global é devastador, afetando indivíduos de todas as idades, gêneros e regiões. 

Alguns diagnósticos como depressão maior, transtorno bipolar, esquizofrenia e abuso de substâncias, são reconhecidos como fatores de risco para o suicídio. Pessoas com esses transtornos apresentam um risco 20 vezes maior de concluir o suicídio em comparação à população geral. No entanto, as ferramentas de predição de risco se baseiam principalmente em relatos e acompanhamento psicológico, faltando no arsenal preventivo da saúde pública ferramentas objetivas de identificação precoce do problema. 

Entendendo a química no cérebro de pessoas que cometeram suicídio  

O estudo selecionou e analisou diversas pesquisas post-mortem que comparavam cérebros de suicidas e de indivíduos que não cometeram suicídio. As amostras foram retiradas principalmente do córtex pré-frontal (CPF) e de áreas do sistema límbico, regiões do cérebro associadas a funções cognitivas e emocionais. As alterações em genes e proteínas nessas regiões foram então mapeadas e analisadas, buscando padrões moleculares que pudessem estar associados ao comportamento suicida. 

O papel do sistema límbico e do CPF 

Os estudos de transcriptômica revelaram que o sistema límbico, que controla emoções e comportamentos, e o CPF apresentavam genes diferencialmente expressos em indivíduos que cometeram suicídio. Áreas como a amígdala cerebral e o hipocampo mostraram alterações em vias de sinalização neurais, de comunicação celular e de neurotransmissão, especialmente nos sistemas GABAérgico, associado à atividade dos neurotransmissores, e glutamatérgico, associado a diversos processos cognitivos. No CPF, observou-se a regulação anormal de genes envolvidos em resposta imune, metabolismo celular e neuroplasticidade, sugerindo que essas alterações podem contribuir para o risco de suicídio.

O papel das ciências ômicas 

Com o avanço das tecnologias biomédicas e da bioinformática em larga escala, o estudo de grandes conjuntos de dados biológicos, as chamadas “ômicas”, trouxe uma nova abordagem para investigar o comportamento suicida. Ferramentas como transcriptômica, proteômica e metabolômica possibilitam análises complexas das interações moleculares no cérebro, abrindo portas para a medicina de precisão. 

Detalhando um pouco mais, podemos dizer que a transcriptômica investiga o RNA, responsável por transportar as instruções do DNA para a síntese de proteínas; a proteômica analisa as proteínas, que desempenham funções vitais nas células; e a metabolômica estuda os metabólitos, pequenas moléculas envolvidas no metabolismo celular. Essas abordagens permitem identificar moléculas e vias metabólicas alteradas em condições patológicas, como o comportamento suicida. 

Observando esse cenário e a possibilidade de identificar biomarcadores para a prevenção do suicídio, os cientistas do estudo buscaram alterações moleculares que poderiam estar ligadas ao comportamento suicida, utilizando as ferramentas ômicas para apontar novos alvos potenciais para intervenções terapêuticas. 

Proteínas e vias alteradas 

A análise proteômica apontou que as proteínas associadas a células gliais, especialmente os astrócitos, estavam desreguladas no CPF e no sistema límbico dos suicidas. Isso implica que essas células, que desempenham papéis essenciais no suporte neuronal e na resposta inflamatória, podem estar envolvidas no comportamento suicida. Além disso, vias de neurotransmissão, especialmente as sinapses GABAérgicas, mostraram novamente grandes diferenças entre suicidas e controles. Outro achado significativo foi a desregulação de proteínas relacionadas ao desenvolvimento neuronal e ao controle de morte celular. 

Análises de sangue também foram consideradas pelas pesquisas proteômicas e trancriptômicas, revelando potenciais biomarcadores para a identificação precoce de risco suicida. Genes envolvidos no metabolismo das poliaminas (moléculas importantes em diversos processos celulares) e no controle da apoptose (processo de eliminação de eliminação de células defeituosas) apresentaram regulação alterada em pacientes com ideação suicida. Esses achados sugerem que exames de sangue podem, no futuro, ser utilizados para prever a progressão de pensamentos suicidas em pacientes com transtornos psiquiátricos. 


Alterações no metabolismo
 

Arrematando a abordagem pela perspectiva das ciências ômicas, os estudos de metabolômica identificaram mudanças em moléculas relacionadas ao metabolismo energético, como glicose e lactato, e ao transporte de lipídios, como colesterol. Esses metabólitos podem fornecer novas pistas sobre os processos biológicos subjacentes ao comportamento suicida e também servir como potenciais biomarcadores para diagnóstico. 


Tecnologias ômicas são promessa para prevenção clínica do suicídio
 

O atual estudo destacou como as ciências ômicas podem fornecer uma compreensão mais profunda das alterações biológicas associadas ao suicídio. As alterações encontradas em vias relacionadas à neurotransmissão, resposta imune e metabolismo celular abrem portas para a identificação de novos biomarcadores, que podem auxiliar na previsão do risco suicida e na criação de intervenções terapêuticas mais eficazes. 

A utilização de tecnologias ômicas, aliada ao avanço da inteligência artificial e da bioinformática, tem o potencial de revolucionar a forma como abordamos os problemas biomédicos, tornando a medicina de precisão uma realidade cada vez mais próxima para o manejo de problemas de saúde complexos, como os relacionados à saúde mental. 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu
Ilustrações: Storyset

20.09.2024

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