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Desafios no atendimento de pacientes imunocomprometidos na UTI

Desafios no atendimento de pacientes imunocomprometidos na UTI

Pesquisa identifica os principais obstáculos enfrentados por essa população que compreende desde pacientes com câncer até HIV-positivos 

Pacientes imunocomprometidos estão se tornando uma parcela crescente de casos atendidos nas unidades de terapia intensiva (UTIs), apresentando um desafio significativo devido à sua vulnerabilidade a infecções oportunistas. Recentemente publicado na revista científica Intensive Care Medicine, um estudo com participação do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) buscou explorar a epidemiologia dessas infecções e propor novas abordagens de prevenção e tratamento nos centros de atendimento crítico. 

A população de pacientes imunocomprometidos compõe um grupo bastante heterogêneo de casos na UTI. As condições imunossupressoras incluem imunodeficiências herdadas ou adquiridas, estando geralmente relacionadas ao tratamento de um câncer ou de uma doença autoimune, doenças hematológicas, transplante de órgãos ou infecção por HIV. Estima-se que cerca de um terço dos pacientes na UTI apresente pelo menos um fator de risco para imunossupressão, e que os pacientes oncológicos representem aproximadamente uma em cada seis admissões na UTI. 

Considerando que esses pacientes podem estar mais expostos a riscos durante a internação nos centros de medicina intensiva, o estudo atual buscou analisar a epidemiologia das infecções adquiridas na UTI com o objetivo de oferecer informações de base para o desenvolvimento de ferramentas diagnósticas e tratamentos preventivos mais eficazes. Para isso, a pesquisa foi realizada através de uma análise extensiva de dados de publicações científicas dos últimos 20 anos, focando em termos relacionados a imunossupressão, infecções e resistência antimicrobiana. 

Resistência a antibióticos em pacientes imunossuprimidos 

Entre as infecções em pacientes imunocomprometidos na UTI, as infecções da corrente sanguínea (ICS) são umas das mais preocupantes por estarem associadas a um aumento significativo da mortalidade. Elas podem ocorrer através do cateter e resultar na proliferação de bactérias, que quando não contida provoca infecção com grave comprometimento clínico. 

Alguns estudos analisados pelos pesquisadores indicam que a imunossupressão aumenta o risco de mortalidade nesses casos, como o estudo EUROBACT, que descobriu que pacientes com ICS adquirida no hospital, especialmente na UTI, apresentavam maior risco de mortalidade quando imunocomprometidos. 

Essa população de pacientes também é particularmente suscetível a infecções respiratórias associadas à ventilação, como pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e traqueobronquite associada à ventilação mecânica (TAV). Diretrizes europeias e americanas consideram a imunossupressão um fator de risco para bactérias multirresistentes, recomendando o uso de antibióticos de amplo espectro. 

Segundo os autores, por esses pacientes necessitarem frequentemente desse tipo de antibiótico, a resistência a esses medicamentos é uma preocupação crescente entre pacientes imunocomprometidos na UTI, pois a utilização inadequada desse tratamento contribui para a crescente resistência antimicrobiana que alguns patógenos desenvolvem no ambiente hospitalar.  

Uma diretriz interessante nesses casos seria a personalização do tratamento baseada no perfil específico de resistência dos patógenos. Além disso, estudos futuros precisam focar em entender melhor a dinâmica dessa resistência para melhorar as estratégias de tratamento e melhorar os resultados clínicos nessa população de pacientes. 

Infecções virais e fúngicas 

Infecções virais podem ser adquiridas no hospital ou representarem uma reativação de vírus latentes. Os vírus mais comuns em pacientes imunocomprometidos incluem gripe, parainfluenza, metapneumovírus humano, coronavírus, adenovírus, VSR e rinovírus, que podem causar pneumonia e outras complicações respiratórias. 

O diagnóstico dessas infecções geralmente é feito por testes de PCR, que permitem a detecção rápida e precisa dos patógenos. O uso de corticosteroides em infecções virais é controverso e deve ser baseado em evidências específicas. Os autores comentam que a falta de resposta ao tratamento antiviral ou a recorrência da infecção pode indicar resistência viral, exigindo ajustes na terapia. 

Pacientes imunocomprometidos também apresentam risco para infecções fúngicas invasivas, principalmente por Candida e Aspergillus. A mortalidade associada a essas infecções é alta, e o tratamento envolve antifúngicos combinados com controle rigoroso das fontes de infecção.  

Medidas preventivas incluem filtração de ar nas UTIs e tratamento antifúngico profilático com posaconazol para pacientes com alto risco de infecções fúngicas invasivas. Estudos adicionais são necessários para avaliar a eficácia dessas estratégias preventivas em diferentes subpopulações de pacientes imunocomprometidos. 

Futuros temas de investigação 

Para contornar os desafios no atendimento a pacientes imunocomprometidos na UTI, os pesquisadores identificaram algumas áreas principais para futuros estudos, sendo uma delas o desenvolvimento de métodos acessíveis para avaliar o estado de imunossupressão de pacientes críticos, permitindo a aplicação de tratamentos mais personalizados a cada paciente. 

Outro ponto de melhoria seria a obtenção de uma compreensão mais precisa dos fatores de risco e da microbiologia das infecções na UTI, além da identificação de biomarcadores de imunossupressão para desenhar ensaios clínicos de terapias imunológicas de precisão. 

Um ponto que chama cada vez mais atenção nesse cenário é a investigação da microbiota dos pacientes. Segundo os autores, essa população de microrganismos pode ter um papel muito relevante na prevenção de infecções, e podem ser associadas a outras terapias de estimulação imunológica.  

O estudo atual destaca os principais fatores que fazem dos pacientes imunocomprometidos uma população suscetível a infecções oportunistas e à resistência antimicrobiana nas UTIs. Os pontos levantados pela pesquisa destacam a necessidade urgente de desenvolver melhores estratégias de prevenção, diagnóstico e tratamento, melhorando assim os desfechos para essa parcela relevante dos pacientes críticos. 

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu. 

30.08.2024

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