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Medo irreal de se transformar em outras pessoas pode ser sintoma do TOC

Medo irreal de se transformar em outras pessoas pode ser sintoma do TOC

Pesquisa coordenada pelo IDOR traz luz sobre sintoma pouco disseminado, que pode ser confundido com psicose

Preocupações irreais relacionadas à própria identidade são motivo de alerta para diversas condições psiquiátricas, como o transtorno dissociativo de identidade – antigamente chamado de transtorno e personalidade múltipla – e a esquizofrenia. O que é pouco disseminado até mesmo em consultórios e clínicas é que essa característica também pode ser um sintoma do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Um estudo recente buscou caracterizar esse sintoma em um artigo publicado na revista Australian & New Zealand Journal of Psychiatry. A pesquisa foi coordenada pelo Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com participação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade de Monash, Austrália.

O TOC de transformação inclui uma obsessão relacionada a mudanças, transformações ou alterações de identidade física e mental. Essas obsessões podem levar, por exemplo, a um medo constante de se transformar em alguém indesejado através do toque ou da respiração, além de compulsões estéticas, como cirurgias plásticas frequentes, exercícios excessivos ou dietas extremas. Uma diferença importante entre as obsessões de transformação do TOC e as crenças delirantes de pessoas com esquizofrenia reside na autocrítica que pessoas com TOC apresentam. Ao contrário de pessoas com esquizofrenia, indivíduos com TOC lutam ativamente contra os seus sintomas.

Distinguindo a obsessão de transformação no TOC

Como as pesquisas na área ainda são incipientes devido à baixa conscientização sobre o problema e seus consequentes erros de diagnóstico, um dos principais objetivos dos cientistas foi caracterizar essa população para melhor distinguir e entender a origem de suas obsessões.

Eles utilizaram como base os dados obtidos pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa em Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo, que de 2003 a 2009 uniu sete centros universitários brasileiros para colher e catalogar meticulosamente as informações de mais de 1.000 pacientes com TOC.

No artigo, após excluir da pesquisa os casos clínicos em que também havia indício claro de psicose e esquizofrenia nas avaliações, foram identificados 44 pacientes que apresentavam obsessões de transformação. Outros 876 pacientes com TOC, mas sem esse sintoma, foram utilizados como grupo comparativo para a pesquisa.

Entre as relações demográficas e clínicas que os pesquisadores buscaram identificar na obsessão de transformação, estavam o gênero dos pacientes, comportamentos suicidas e diferentes sintomas de TOC, além de problemas relacionados à imagem pessoal, como passar mais de 3 horas por dia pensando em suas aparências e histórico de disforia corporal, anorexia ou bulimia.

Caracterizando pacientes com obsessão de transformação

As análises apontaram que era comum que pacientes com obsessão de transformação também apresentassem TOC relacionado a agressão, pensamentos religiosos ou sexuais, simetria e acumulação, mas esses sintomas não eram mais severos comparados ao grupo controle. Já na avaliação sobre pensamentos suicidas, as pessoas com obsessões de transformação pontuaram em média 4 pontos em uma escala de 6, o que é considerado alto.

A amostra do estudo encontrou maior incidência do medo de transformação na população feminina, mas não o suficiente para identificar o gênero como um preditivo ou fator agravante para o desenvolvimento do problema. A pesquisa também não encontrou relação entre a obsessão de transformação e transtornos como a disforia corporal, a anorexia e a bulimia, apesar da maioria dos indivíduos afirmar que passava mais de 3 horas diárias preocupada com sua aparência.

Um dado que chamou a atenção dos cientistas foi o fato de que as pessoas com obsessão de transformação eram significantemente mais jovens que a média do grupo de controle. As pessoas com o medo de transformação também tinham sido diagnosticadas com TOC mais cedo que os outros pacientes, mas demoraram cerca de um ano a mais para buscar tratamento, em comparação com o grupo sem o sintoma. O fator referente à idade dos pacientes foi particularmente alarmante para os autores, devido à vulnerabilidade emocional da população mais jovem a transtornos . Um aspecto adicional que merece uma melhor investigação nessa população de jovens é como as obsessões de transformação irão evoluir ao longo do tempo.

Um problema pouco conhecido, mas expressivo

Imagine um problema que pode comumente afligir uma garota de 16 anos. Dificuldades na escola, desentendimento com os pais, insegurança com sua aparência, ou medo constante de se transformar em Adolf Hitler e desenvolver um bigode e genitália masculina? Todas as opções poderiam sublinhar transtornos como a depressão ou ansiedade, mas uma preocupação discrepante (e situação clínica real) como a última costuma ser mais alarmante para os responsáveis desses jovens, e os autores acreditam que isso contribui para a busca precoce por uma opinião profissional.

Contudo, a demora para iniciar o tratamento desses pacientes pode indicar que os profissionais de saúde encontram dificuldades em diagnosticar corretamente os casos de obsessão de transformação, questão que pode ser ainda mais grave considerando que o problema, apesar de pouco conhecido, atingiu uma parcela relevante de quase 5% dos pacientes da amostra.

A falta de conscientização sobre as obsessões de transformação no TOC reforça a importância de estudos como esse, que é o primeiro no mundo a centralizar informações demográficas e correlações clínicas acerca do problema. Saber que é um sintoma que afeta principalmente adolescentes e jovens adultos que também podem estar sujeitos a pensamentos suicidas deixa a situação ainda mais alarmante, não apenas para profissionais da saúde, como para os pais e familiares. O suporte emocional especializado e diagnóstico adequado para essa população são apoios que podem mudar, e até mesmo salvar, a vida de muitos jovens com esse ou com outras dificuldades de saúde mental.

Apoio psicológico na juventude salva vidas

Realizada no ano passado, uma pesquisa da Unicef com 7,7 mil adolescentes e jovens brasileiros revelou que metade dessa população sentiu vontade de pedir auxílio quanto à sua saúde mental em algum momento, mas muitos não pedem ajuda ou não conhecem serviços dedicados a esse apoio. Esse grupo também possui o suicídio como uma das principais causas de morte, e é comum que em casos extremos como esse as vítimas também estivessem sofrendo com transtornos mentais.

O papel de um psicólogo na vida de um jovem pode fazer toda a diferença no enfretamento de problemas de saúde mental, apresentando a possibilidade de melhora para dificuldades que muitas vezes o paciente não entende e não compartilha com familiares e amigos. O espaço para a escuta especializada e desenvolvimento do autoconhecimento costuma ser um divisor de águas na qualidade de vida de muitas pessoas.

Na Graduação em Psicologia do IDOR, o ensino de excelência aliado ao desenvolvimento científico são peças-chave para a formação de psicólogos capacitados e atualizados em relação a diversas condições clínicas que podem surgir em suas salas de atendimento. Em nosso site, você pode conferir mais informações sobre o curso e se inscrever para receber informações sobre as novas turmas.

Escrito por Maria Eduarda Ledo de Abreu.

18.02.2024

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