Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), os vírus das hepatites B e C estão relacionados com 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer primário de fígado. Além disso, na região das Américas, estimativas demonstram que há 10 mil novas infecções por hepatite B e 23 mil mortes a cada ano, enquanto a infecção por hepatite C representa 67 mil novos casos e 84 mil mortes.
As hepatites A e E são transmitidas principalmente por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. Já as hepatites B, C, D são transmitidas através do contato com sangue ou por transfusão de sangue e hemoderivados; relações sexuais desprotegida; compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos perfurocortantes; da mãe para o filho durante a gravidez (transmissão vertical).
O contágio via transfusão de sangue já foi muito comum no passado, mas, atualmente é considerado raro, tendo em vista o maior controle e a melhoria das tecnologias de triagem de doadores, além da utilização de sistemas de controle de qualidade mais eficientes.
“Cabe aqui ressaltar que pacientes que serão submetidos a transplante de órgãos devem ter sua investigação para hepatites virais, como também aqueles que serão submetidos à quimioterapia, as gestantes, pacientes obesos, diabéticos, renais crônicos, porque se forem portadores do vírus B ou C, o tratamento deve ser discutido com o médico assistente” relata a Dra. Ana Pittella, pesquisadora do IDOR e Coordenadora de Clínica Médica do Hospital Quinta D’Or.