Segundo especialista, professores possuem papel fundamental na identificação dos primeiros sinais de transtornos mentais manifestados em sala de aula.
Fevereiro é o mês de volta às aulas. Para muitos, a sala de aula é um local de segurança, onde crianças e adolescentes brincam, aprendem e se preparam para os desafios do futuro. No entanto, poucos sabem que também é onde os primeiros sinais de transtornos mentais podem ser identificados pelos olhares treinados dos professores. “Estes profissionais têm um papel fundamental”, afirma o psiquiatra Paulo Mattos, pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e diretor clínico do centro de neuropsicologia aplicada (CNA).
Crianças e adolescentes que possuem transtornos mentais, principalmente os ligados ao neurodesenvolvimento, podem apresentar dificuldades de aprendizado, linguagem, memória e comportamento. Alguns destes comprometimentos podem desaparecer ou se tornar mais brandos na medida em que a criança cresce e se desenvolve, mas outros podem ser permanentes. Apenas nos Estados Unidos, estimativas sugerem que mais de 13% das crianças e adolescentes tenham algum tipo de transtorno do neurodesenvolvimento.
Estudos recentes indicam que o transtorno mental mais comumente encontrado em crianças e adolescentes é o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), que tem como principais características os elevados níveis de impulsividade e desatenção ou hiperatividade. Estes sintomas do TDAH podem gerar comprometimento em funções diárias do jovem, além de atrapalhar as atividades escolares e o relacionamento com colegas. Outros transtornos – menos prevalentes, mas de igual importância – também acometem crianças e adolescentes, como o autismo, transtornos de conduta e de aprendizado, por exemplo.
Apesar do diagnóstico ser muitas vezes difícil, é dentro da sala de aula que os primeiros sinais dos transtornos podem ser observados pelos professores.
Confira o que disse Paulo Mattos sobre a importância dos professores na identificação dos primeiros sinais de transtornos mentais em crianças e adolescentes: