Cirurgia Pediátrica
A cirurgia pediátrica é uma especialidade médica responsável pelo tratamento cirúrgico de doenças congênitas ou adquiridas, desde o período neonatal até o fim da puberdade.
O que é cirurgia pediátrica?
A cirurgia pediátrica é uma especialidade médica responsável pelo tratamento cirúrgico de doenças congênitas ou adquiridas, desde o período neonatal até o fim da puberdade. Tem área de atuação extensa, envolvendo vários sistemas orgânicos como o digestório, respiratório, genitourinário, vascular, tegumentar e o musculoesquelético.
É necessária uma subdivisão para a realização de cirurgias em bebês, crianças e adolescentes porque o corpo deles é muito diferente em comparação ao corpo de um adulto totalmente desenvolvido. As cirurgias infantis são mais delicadas e perigosas, por se tratar de crianças que nem sempre estão 100% prontas para passar por procedimentos cirúrgicos.
Os cirurgiões infantis costumam operar crianças quando se trata de procedimentos mais simples, como os casos das hérnias inguinais e umbilicais, testículos fora da bolsa escrotal, fimose e hipospádia, totalmente comuns no meio pediátrico. Entretanto, alguns casos mais específicos, como problemas no coração, por exemplo, podem necessitar o auxílio de um médico especializado em cardiologia infantil também.
As cirurgias pediátricas podem ser eletivas ou de emergência. O que as diferencia é que as primeiras são marcadas pelo cirurgião após exames. Já a segunda ocorre quando há risco de perder a vida, sem possibilidade de espera de uma estabilização do quadro para realizar a cirurgia.
Diferentemente de um adulto, o corpo de uma criança possui uma incrível capacidade de recuperação, podendo ser uma grande vantagem na hora de tratar de condições que afetam a qualidade de vida e o desenvolvimento infantil.
Quais são as principais áreas de atuação de um cirurgião pediátrico?
Cirurgiões pediátricos utilizam seu conhecimento e experiência providenciando os melhores cuidados cirúrgicos para todas as condições e problemas que afetem as crianças e requeiram a intervenção cirúrgica. Eles abordam as seguintes áreas:
- Pré-natal: identificação diagnóstica de malformações congênitas – possibilidade de correção cirúrgica durante a gestação (intrauterina) ou após o nascimento (dependendo do caso);
- Neonatal: do nascimento até o vigésimo oitavo dia de vida, prematuros ou nascidos a termo, os cirurgiões têm as doenças congênitas como as principais demandas;
- Cirurgia pediátrica geral: os procedimentos mais comuns são as correções de malformações congênitas que não foram identificadas anteriormente, assim como outras doenças de caráter eletivo ou de urgência, dos diversos sistemas orgânicos;
- Urologia pediátrica: atua no diagnóstico e tratamento de doenças do sistema urinário;
- Cirurgia de trauma: ocorre nos serviços de emergência, principalmente em casos de crianças politraumatizadas;
- Cirurgia oncológica: para retirada de tumores, benignos ou malignos.
Qual é a diferença de ser atendido por um cirurgião pediátrico e quais são as cirurgias mais realizadas?
As cirurgias podem ser feitas em variadas partes do corpo, sendo que um médico especializado em cirurgia pediátrica pode se aprofundar em uma determinada área. É o caso dos médicos de cirurgia cardíaca pediátrica, que tratam de problemas que podem assolar o coração e o sistema cardiovascular de crianças, bebês e adolescentes.
Os cirurgiões com especialidade em cirurgia pediátrica podem atuar tanto em casos de emergência, como os que tratam de condições como a apendicite e a torção dos testículos em outros mais corriqueiros, como as cirurgias indicadas para resolver malformações diversas, a fimose, o refluxo gástrico e as hérnias.
No entanto, o campo de atuação de um cirurgião pediátrico é bastante amplo. Em casos de cirurgias eletivas, as de postectomia (cirurgia corretiva da fimose) e a orquidopexia (fixação do testículo no saco escrotal) são consideradas as mais simples.
Podem surgir cirurgias mais complexas, como a cirurgia de Duhamel, para correção do megacólon congênito. Outro procedimento comum é da hernioplastia inguinal indireta, sendo mais comuns em bebês e crianças. É importante ressaltar que o cirurgião pediátrico ainda irá avaliar o paciente para fazer o diagnóstico. Assim, em casos mais graves, para poder contar com a opinião de outros especialistas, e fazer a apresentação do tratamento e seus riscos, junto dos responsáveis pela criança.
Nos casos das cirurgias de emergência, tudo isso também acontece, mas em uma velocidade maior — afinal, cada segundo conta. Como as emergências são diversas, indo de uma enterocolite necrotizante (NEC) na UTI neonatal, até uma hérnia no pronto-socorro, o médico deverá acompanhar a evolução do paciente após a cirurgia, podendo ocorrer em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou não.
Também é comum que o acompanhamento se mantenha após a alta, o que implica em retirada de pontos, acompanhamento da cicatrização, verificação da recuperação das funções e assim por diante.
As cirurgias são normalmente indicadas pelo médico pediatra que realiza o acompanhamento da criança, sendo que outras especialidades médicas, como a oncologia, a neonatologia, a otorrinolaringologia e a pneumologia também podem ser consultadas para trabalhar em conjunto na resolução dos problemas.
Os obstetras e os neonatologistas também podem trabalhar em conjunto com os médicos de cirurgia pediátrica, em especial naqueles casos em que o paciente precisa ser operado logo após seu nascimento, para que sua recuperação aconteça com mais rapidez e facilidade. Em alguns casos, quando há a detecção de problemas ainda no período gestacional, os cirurgiões podem realizar procedimentos cirúrgicos quando o bebê ainda está no útero, em formação.
Em alguns casos específicos, a cirurgia robótica pode ser recomendada para o paciente. Feita por meio de um robô, o Da Vinci, o tratamento diminui o tempo de recuperação, o tamanho da incisão e até as chances de hemorragia.
Os hospitais da Rede D’Or São Luiz possuem mais de dez unidades do robô Da Vinci espalhadas em nove hospitais diferentes. A tecnologia é um dos mais modernos avanços da medicina e chegou ao Brasil em 2008. Só nos últimos três anos, a Rede D’Or São Luiz realizou mais de 4 mil procedimentos de cirurgia robótica.
Como é o serviço de pós-recuperação na Rede D’Or?
Como os hospitais atuam com pronto atendimento, em casos de urgência e emergência que tenham indicativo de cirurgia na pediatria, os hospitais dispõem ainda da infraestrutura para internação, inclusive em UTI, para que o processo pós-cirúrgico seja o melhor.
A assistência está fundamentada constantemente em novas técnicas cirúrgicas, com o suporte de materiais cirúrgicos e equipamentos de alta tecnologia para realização de procedimentos cada vez mais seguros, menos invasivos e mais precisos. O ganho é imenso para os cirurgiões, mas principalmente para os pacientes que têm maior índice de resolutividade e melhor recuperação.
Além dos cirurgiões pediátricos, as unidades da Rede D’Or têm equipes completas de assistência e apoio capacitadas para realizar o atendimento a este público, tão específico, respeitando suas individualidades de forma humanizada. O acolhimento abrange também pais e responsáveis, com o repasse de informações e esclarecimentos de dúvidas, para que o processo seja o mais confortável e confiante possível.
Por ano, a Rede D’Or São Luiz realiza mais de 3,4 milhões de atendimentos médicos de urgência e emergência. A Rede D’Or São Luiz está presente nos estados de Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Sergipe, Maranhão e Bahia. Marque a sua consulta.