O câncer é um conjunto de doenças com características similares, mas com diferente desenvolvimento e resposta a tratamentos. Ele acontece, no geral, quando um determinado grupo de células passa a se comportar de uma forma anormal, apresentando um crescimento acelerado e desordenado.
Quando o câncer se desenvolve nas células que compõem o tecido conjuntivo – localizados entre a pele e os órgãos internos –, o paciente é diagnosticado com sarcoma.
Existem diferentes tipos de sarcoma e esse é um câncer que pode, basicamente, surgir em qualquer lugar do corpo. Isso porque o sarcoma costuma aparecer nas áreas entre a pele e os órgãos do corpo, manifestando-se em músculos, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, nervos periféricos e até mesmo na gordura corporal. De forma geral, o sarcoma é um câncer raro, que cresce e se desenvolve de forma bastante lenta e quase imperceptível ao paciente.
Por se tratar de um câncer raro, os sarcomas tendem a se infiltrar nos tecidos que ficam ao redor do local onde se originaram, tornando a cirurgia tecnicamente mais difícil. Exceto por raros casos, os sarcomas se espalham primariamente pelos vasos sanguíneos. Os pulmões são os órgãos que mais correm risco de metástases; já o envolvimento do cérebro é muito raro.
Existem muitos tipos de sarcoma, sendo eles classificados de acordo com o tipo de tecido conjuntivo no qual o câncer surgir.
Já o sarcoma de kaposi afeta regiões específicas do corpo, como as camada internas dos vasos sanguíneos, as mucosas que revestem a boca, o nariz e a garganta e também os gânglios linfáticos.
O sarcoma sinovial é aquele que está relacionado de alguma forma aos tendões, podendo surgir em regiões como os ligamentos, as fáscias e as membranas interósseas.
O sarcoma de partes moles é aquele que surge em tecidos não-ósseos, como os músculos e a gordura presente em diferentes lugares do corpo humano.
O sarcoma que se origina no tecido gorduroso é chamado de lipossarcoma; aquele que se origina no músculo liso (músculo que fica ao redor das alças de intestino e na parede de vasos sanguíneos) recebe o nome de leiomiossarcoma. O que se origina nos músculos estriados (responsáveis pela movimentação do corpo) é chamado de rabdomiossarcoma.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 50 tipos de sarcoma que podem atingir o ser humano.
Não se sabe exatamente a causa da maioria dos casos de sarcoma de partes moles. No entanto, muitos dos fatores de risco conhecidos podem tornar uma pessoa mais propensa a desenvolver esse tipo de câncer. As pesquisas atuais mostram que alguns destes fatores de risco afetam o DNA das células dos tecidos de partes moles.
No caso do sarcoma de kaposi, a doença pode ocorrer por um subtipo de vírus da família da herpes chamado de HHV 8, que pode ser transmitido por via sexual e pela saliva.
Apesar de não apresentar uma única causa, o sarcoma pode surgir devido a diversos fatores de risco, entre eles:
Como os diferentes tipos de sarcoma afetam partes do corpo diversificadas, é possível dizer que cada tipo de sarcoma apresenta seus sintomas de uma forma mais específica e individualizada.
De forma geral, o sarcoma tem como sintoma o aparecimento de um nódulo sensível ao toque em áreas como o pescoço, o peito, as coxas, a barriga, os braços e os pés.
Essa massa pode causar dor ou incômodo, mas também formigamento e uma leve sensação de pressão na região que está sendo afetada por ela.
Como em qualquer tipo de câncer, os pacientes com sarcoma podem apresentar sintomas como perda de peso, falta de apetite, fraqueza e cansaço constante.
O diagnóstico do sarcoma é feito por exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética, que podem ser seguidos por biópsias e testes complementares que detectam com mais precisão a presença de câncer no local.
Caso o quadro se confirme, os médicos se baseiam em algumas características para definir o tratamento, como o tamanho do tumor primário e sua posição em relação à fáscia muscular; o grau de malignidade histológica, que indica a capacidade e o ritmo de crescimento do sarcoma; a presença de metástases linfonodais, ou seja, quando a doença já afetou os linfonodos (gânglios linfáticos) e metástases a distância, ou seja, quando o tumor já se disseminou para outros órgãos.
Geralmente, o tratamento do sarcoma é cirúrgico, sendo que o indivíduo que está passando por ele também pode realizar tratamentos complementares de quimioterapia e radioterapia.
Cabe ao médico oncologista, de acordo com o estadiamento do paciente, determinar qual será a trilha de tratamento que melhor o ajudará a ganhar sobrevida e a recuperar sua qualidade de vida.
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