O câncer é definido de forma generalista como um crescimento acelerado e anormal de um determinado grupo de células que passou por algum tipo de mutação. Quando ele afeta o órgão masculino que é responsável por produzir hormônios e espermatozóides, ou seja, células de reprodução, diz-se que o indivíduo possui câncer nos testículos.
O câncer de testículo pode se originar em diferentes tipos de células. Dependendo do tipo de célula primariamente afetada, o câncer pode ter um comportamento diferente, e maior ou menor agressividade.
Trata-se de um tipo de câncer não muito comum, que atinge homens relativamente jovens, ainda em idade reprodutiva e produtiva, na faixa etária que vai dos 15 aos 50 anos. Ainda assim, o câncer de testículo é facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade.
O câncer de testículo, também conhecido como tumor de células germinativas, corresponde a 5% do total das lesões que atingem a população masculina no mundo e se dividem em dois grupos: tumores não seminomatosos e tumores seminomatosos.
Os tumores não seminomatosos correspondem a cerca de 60% de todos os tumores de testículo e tendem a surgir antes dos 30 anos de idade. São divididos em vários subtipos: carcinomas embrionários, coriocarcinomas, tumores do saco vitelínico, teratomas imaturos e teratomas maduros. Esses subgrupos desse tipo de células podem estar presentes no mesmo tumor no momento do diagnóstico, incluindo até mesmo células do subtipo seminoma.
O teratoma maduro é um tumor classificado como benigno por não desenvolver metástases, apesar de poder apresentar crescimento local, enquanto os demais subtipos são malignos.
Embora seja raro, é possível ocorrer o aparecimento de um tumor germinativo localizado primariamente nos linfonodos da região do mediastino (interior do tórax entre os dois pulmões) ou mesmo no retroperitônio (região posterior do interior do abdome), sem que haja lesões detectáveis nos testículos.
Há chance do câncer de testículo ser confundido com orquiepididimites, uma inflamação dos testículos e dos epidídimos – canal localizado atrás do testículo, que coleta e carrega o esperma. Geralmente, esse problema é transmitido sexualmente.
Entre os fatores de risco reconhecidos, além do histórico familiar, encontra-se também a criptorquidia, um tipo de condição onde os testículos do bebê não descem até a bolsa escrotal após o nascimento, fazendo com que o paciente necessite de acompanhamento com o pediatra para fazer a checagem da descida dos testículos.
Se a criptorquidia foi uma condição vivida na infância, recomenda-se que o indivíduo realize o autoexame dos testículos de forma mensal, contribuindo para a detecção precoce da doença.
Outro grupo com maior incidência de câncer de testículo são os homens inférteis. Nesses casos, a presença de um tumor pode ser a causa da diminuição da produção de espermatozoides.
Há diversos motivos que causam os fatores de risco que resultam em câncer de testículo, como:
Os sintomas de câncer nos testículos mais comuns são:
Existem também os sintomas do câncer de testículo avançado, onde muitos homens podem não apresentar sintomas de imediato, mesmo que a doença esteja na fase de metástase. No entanto, alguns homens podem ter sintomas como:
Como esse é um câncer relativamente raro, a doença pode ser facilmente confundida com condições inflamatórias que afetam os testículos.
Para confirmar o diagnóstico, uma vez que o paciente apresente os sintomas de câncer nos testículos, é realizado o exame de ultrassom da região, além da tomografia computadorizada. Alguns exames de sangue também podem ser indicados para que o diagnóstico seja preciso e correto. Dependendo do caso, a ressonância nuclear magnética é solicitada para complementar a ultrassonografia.
A cirurgia para remoção do testículo comprometido é decidida com base nos exames de imagem e de sangue. Muito raramente são realizadas biópsias nos casos suspeitos de câncer de testículo.
Somente depois da retirada cirúrgica do testículo doente é que o material recolhido vai para análise anatomopatológica.
De forma geral, o tratamento do câncer de testículo é realizado por cirurgia, com a remoção total ou parcial do testículo afetado pelo nódulo. Próteses podem ser colocadas na região para manter uma boa estética.
O câncer de testículo tem cura, via de regra. Para reduzir o risco de recorrência, após a cirurgia podem ser indicados outros tratamentos (adjuvantes), como a quimioterapia e a radioterapia.
O tratamento do câncer de testículo pode causar infertilidade temporária ou definitiva. Recomenda-se sempre a coleta e o armazenamento do sêmen (esperma) para preservar-se a capacidade reprodutiva do paciente. É oportuno conversar com o médico oncologista para receber todas as orientações necessárias ao fazer o tratamento do câncer de testículo.
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