O câncer de mama consiste no crescimento acelerado e desordenado de células no tecido mamário, resultando em um nódulo ou tumor cuja textura, sob o toque dos dedos, pode ser diferente da textura do resto da mama.
O nódulo que não é detectado com toque pode ser visualizado em um exame de imagem das mamas. Grande parte das alterações encontradas é benigna.
Existem diferentes tipos de câncer de mama, cada um com características e tratamentos diferentes.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022 ocorreram 66.280 novos casos de câncer de mama no país. Apesar de atingir mulheres acima dos 50 anos, um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mostrou um aumento da incidência da doença em mulheres mais jovens (antes dos 35 anos).
Graças aos avanços dos tratamentos e às campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, o câncer de mama vem se tornando progressivamente uma doença contornável e tratável, com altas chances de cura.
Dados divulgados pelo INCA também informam que 95% das pacientes estão vivas e livres da doença após 5 anos do diagnóstico inicial. Portanto, quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores são as chances de recuperação e de um tratamento de sucesso.
Os fatores de risco para o câncer, em geral, incluem tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, exposição excessiva ao sol, à radiação e a agentes cancerígenos, como o amianto, os agrotóxicos, o benzeno e o asbestos, por exemplo.
Os fatores de risco do câncer de mama, em específico, são:
A presença de um ou mais desses fatores de risco não quer dizer que, definitivamente, haverá ocorrência de câncer de mama no futuro.
Os fatores de risco servem apenas como um alerta, motivando o paciente ou indivíduo a realizar acompanhamento médico frequente, com uma prevenção mais proativa.
O câncer de mama pode ser uma doença silenciosa, já que os nódulos e tumores que podem se configurar como câncer de mama são geralmente indolores. Dados do INCA informam que o nódulo é o primeiro sintoma a ser detectado em 90% dos casos onde o câncer de mama é descoberto pelo paciente.
No geral, o ideal é ficar atento aos seguintes sintomas:
As pessoas podem reduzir seu risco de câncer de mama por meio da adoção de um estilo de vida mais saudável, praticando exercícios físicos, evitando o consumo de bebidas alcoólicas, mantendo o peso sob controle e discutindo com médico os riscos e benefícios dos anticoncepcionais hormonais e das terapias de reposição hormonal.
O autoexame só consegue detectar tumores já palpáveis, diferente dos exames de imagem que conseguem encontrar alterações bem pequenas ou até antes de se tornarem um câncer invasivo, portanto, realizar os exames também é um método de prevenir o câncer da mama.
Ainda assim, conhecer seu corpo é importante e algumas pacientes podem notar tumores de crescimento que possam surgir no intervalo dos exames programados.
Um bom momento para fazer o autoexame é durante o banho, já que a água costuma ajudar a deslizar os dedos por todo o tecido mamário. Não importa se você é do sexo feminino ou masculino, sempre que se sentir relaxado e confortável, apalpe os seios utilizando os dedos indicador e médio em movimentos circulares. Além das mamas, toque também na região embaixo das axilas, as clavículas e a base do pescoço, juntamente com a lateral do peito.
Lembre-se que o câncer de mama geralmente não dói e grande parte dos nódulos do peito são benignos. Se notar alguma alteração, o ideal é procurar um especialista para avaliar e fazer a investigação adequada em cada caso.
Para confirmar um diagnóstico de câncer de mama, o exame necessário é o anatomopatológico: esta é a avaliação (feita por um médico patologista especializado) do tecido mamário retirado numa biópsia. Nem sempre a biópsia é realizada, pois muitas vezes os exames de imagem (mamografia, ultrassonografia e/ou ressonância magnética) são suficientes para constatar que um nódulo é benigno.
A biópsia é um procedimento guiado por alguma imagem, geralmente o ultrassom ou a própria mamografia. Frequentemente a região biopsiada é marcada com um clip metálico para que possa ser retirada cirurgicamente depois.
O tratamento do câncer de mama costuma ser feito por um número de profissionais que trabalham em conjunto em prol do paciente. São ginecologistas, mastologistas, oncologistas, radio-oncologistas e cirurgiões-plásticos, que trabalham para a cura do indivíduo.
O tratamento do câncer de mama depende de seu estadiamento (grau que determina o estágio de evolução da doença, geralmente dividido em níveis que vão do 0 ao 4). No geral, ele pode envolver, por exemplo: a retirada parcial ou total de uma ou de ambas as mamas, a avaliação dos linfonodos axilares, a realização de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia, além da reconstrução das mamas.
Nem todas as etapas são necessárias para todas as pacientes, e os planos do tratamento são discutidos entre toda a equipe médica para que se alcance o melhor resultado.
O objetivo, no final, não é tratar uma doença, e, sim, cuidar de um paciente, cada um com suas peculiaridades e preferências. Temos times especializados e prontos para atender cada indivíduo da melhor forma possível, oferecendo o melhor tratamento para cada um.
Sim. O câncer de mama em homens é raro. Apenas cerca de 1% dos casos de câncer de mama diagnosticados no Brasil atingem homens.
A alteração mais comum na mama dos homens é a ginecomastia, que é o crescimento da glândula mamária masculina de forma benigna. Mesmo sendo benigna, deve ser investigada, pois pode ter causas hormonais importantes para a saúde do homem. Em especial para os homens com histórico de câncer de mama na família, é importante estar atento e procurar o mastologista se houver alteração palpável nas mamas.
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