O esôfago é parte do sistema digestório do corpo humano, compreendendo um tubo que liga a boca ao estômago.
Quando um grupo de células que compõem e revestem o esôfago começa a se comportar de forma anormal, se reproduzindo de forma acelerada e desordenada, formando tumores, diz-se que o paciente possui câncer de esôfago. Ele acomete mais os homens do que as mulheres, na faixa etária de 50 a 70 anos de idade.
O câncer de esôfago representa 2% de todos os casos de tumores malignos, sendo o oitavo mais frequente no mundo. Ainda que seja um tumor raro, está entre os de crescimento mais rápido. Em grande parte dos casos, o câncer já se disseminou para outros órgãos saudáveis quando diagnosticado.
Dados do INCA, o Instituto Nacional do Câncer, estimam que 10.790 casos de câncer de esôfago foram diagnosticados no Brasil, em 2018.
A classificação do câncer de esôfago é de acordo com as células que se multiplicaram desordenadamente após sofrer mutações. Há dois tipos mais conhecidos, como o carcinoma e o adenocarcinoma.
O carcinoma é responsável por mais de 90% dos casos de câncer de esôfago, sendo mais associado ao tabagismo e ao álcool. Normalmente, o tumor se manifesta nas células escamosas que revestem o terço superior e médio do esôfago. Pessoas negras têm mais chance de desenvolver a doença do que pessoas brancas.
Já o adenocarcinoma é mais comum nos brancos, lesão tendo início nas glândulas secretoras de muco, especialmente no terço inferior do esôfago. Na maioria das vezes, a doença está correlacionada com o estômago de Barrett, a esofagite de refluxo crônica, a obesidade e o fumo.
Ainda, existem outros tipos mais raros, que correspondem a 5% dos casos da doença, como o carcinoma de pequenas células, linfomas, tumores, adenóides-císticos e sarcoma.
Grande parte das causas do câncer de esôfago ainda é desconhecida, embora determinados fatores de risco aumentem a possibilidade de desenvolver a doença, como o tabagismo e o álcool, por danificarem o DNA das células que revestem o interior do órgão. No entanto, irritações de longa data do revestimento do esôfago, como acontece com o refluxo gastroesofágico, o esôfago de Barrett, a acalasia, a síndrome de Plummer-Vinson ou a cicatrização após ingestão de soda cáustica, também podem provocar danos no DNA.
O tabagismo é responsável por, pelo menos, 25% dos casos de câncer de esôfago, ainda de acordo com o INCA.
Outros fatores de risco para o câncer de esôfago são:
Apesar de muitas vezes a doença evoluir de forma assintomática ao longo de anos, os sintomas mais comuns do câncer de esôfago são:
São sintomas pouco específicos, que podem estar associados a diversas outras situações. Por isso, havendo suspeita de que algo possa estar acontecendo, deve-se procurar ajuda médica.
O diagnóstico do câncer de esôfago é feito por meio da endoscopia, um tipo de exame onde um equipamento médico com uma câmera na ponta é inserido na boca do paciente, permitindo a visualização da maior parte do sistema digestivo, do qual o esôfago faz parte.
Havendo qualquer lesão suspeita, as biópsias são realizadas, recolhendo-se material para exames anatomopatológicos, que irão descartar ou comprovar a doença.
Além disso, o médico pode pedir uma tomografia de tórax e abdome, broncoscopia, PET-CT e ecoendoscopia para avaliar o estágio do tumor, sua disseminação e profundidade. Esses exames podem ser repetidos ao longo do tratamento, para verificar como está progredindo.
O tratamento depende do estadiamento do câncer de esôfago. Nos casos mais iniciais, o objetivo é a cura do paciente pela eliminação completa do tumor.
No tratamento do câncer de esôfago, três recursos podem ser utilizados isoladamente ou em combinações: a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Muito frequentemente, adota-se a estratégia de irradiar o tumor previamente à cirurgia, associando-se à quimioterapia concomitantemente para aumentar a eficácia do tratamento.
A cirurgia pode ser feita por cirurgiões especializados em operar câncer e cirurgias de alta complexidade, com o procedimento sendo feito por laparoscopia ou por cirurgia robótica, que torna todo o processo mais preciso, acelerando também a recuperação e a alta hospitalar.
Se o tumor for pequeno, é possível retirá-lo por meio de endoscopia, sendo removido por sucção. Alguns tumores podem ser retirados por eletrocoagulação.
Quando reconhecido em suas fases iniciais e adequadamente tratado, o câncer de esôfago tem grandes chances de cura. E, mesmo que a cura não seja possível, a expectativa é de assegurar um bom tempo de vida com a realização do tratamento.
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