Neurologia Para Esclerose Múltipla
A esclerose múltipla faz parte do grupo de doenças desmielinizantes, ou seja, é uma doença inflamatória crônica em que o sistema imunológico agride os neurônios, afetando a estrutura e o funcionamento dessas células, que são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano.
O que é neurologia para esclerose múltipla?
A esclerose múltipla faz parte do grupo de doenças desmielinizantes, ou seja, é uma doença inflamatória crônica em que o sistema imunológico agride os neurônios, afetando a estrutura e o funcionamento dessas células, que são essenciais para o bom funcionamento do corpo humano.
Quando uma pessoa tem esclerose múltipla, é como se seus neurônios não conseguissem mais se comunicar entre si, em um processo que é irreversível e piora conforme os anos avançam. Por razões ainda desconhecidas, as próprias células de defesa da pessoa transformam a mielina em um alvo de ataque, como se ela fosse um corpo estranho.
Por isso, a doença recebe a classificação de doença degenerativa, podendo ser debilitante e- em algumas vezes/ em alguns casos- incapacitante, já que é capaz de afetar todas as áreas do corpo, e seus sintomas variam muito de indivíduo para indivíduo.
A esclerose múltipla também pode ser classificada apenas por sua sigla, EM, e existem quatro formas da doença.
A primeira forma é denominada surto-remissão ou remitente-recorrente (EMRR) e engloba cerca de 85% dos casos. Eles aparecem/surgem nos primeiros anos da doença com total recuperação e sem sequelas, embora possam ocorrer surtos da EM que duram dias ou semanas.
Após dez anos, aproximadamente, alguns pacientes desenvolverão a segunda forma da doença, conhecida como secundariamente progressiva (EMSP). Nessa fase, já não há recuperação completa dos surtos e há presença de sequelas, que podem afetar a visão e a locomoção, precisando do auxílio de uma bengala ou cadeira de rodas.
Nos 10% dos casos restantes, ocorre a chamada forma progressiva primária (EMPP), quando ocorre gradativa piora dos surtos.
E somente 5% dos pacientes apresentam a forma mais grave da esclerose múltipla, que é mais rápida e agressiva, denominada progressiva com surtos (EMPS). Nessa quarta forma, estão combinados a progressão paralela do processo desmielinizante e o comprometimento mais precoce dos axônios.
Quais são as causas da esclerose múltipla?
Muitos estudos ainda estão sendo realizados no que diz respeito aos motivos que causam a esclerose múltipla. No entanto, já há uma certa clareza acerca de alguns fatores de risco.
É o caso da predisposição genética, com alteração de alguns genes que fazem parte do processo regulatório do sistema imunológico.
Fatores ambientais que afetam o bom funcionamento do organismo também podem causar a esclerose múltipla.
Entre os fatores de risco da esclerose múltipla, podemos citar:
- Ter tido infecções virais severas, como as que são causadas pelo vírus Epstein-Barr, Citomegalovírus e Varicela-zoster;
- Ter sofrido exposição excessiva ao sol ou, no espectro oposto, ter ficado com níveis baixos de vitamina D por longo período;
- Ser tabagista ou obeso;
- Ter sofrido exposição excessiva a alguns solventes orgânicos.
Caso os fatores de risco acima tenham ocorrido durante a adolescência, as chances de desenvolver a doença são ainda maiores.
Qual é a predominância da esclerose múltipla?
A esclerose múltipla é predominante em pacientes do sexo feminino, embora costume atingir pessoas jovens, entre 20 e 40 anos. Ela também acomete, em sua maioria, pacientes brancos e que advém de países com temperatura temperada.
No Brasil, de acordo com estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), e com a Federação Internacional de Esclerose Múltipla(MSIF), cerca de 40mil pacientes sofrem de esclerose múltipla.
Quais são os sintomas de esclerose múltipla?
Em suas fases iniciais, a esclerose múltipla pode ser uma condição silenciosa, com sintomas que surgem e desaparecem naturalmente e que não chamam a atenção do paciente.
No entanto, os sinais mais comuns incluem:
- Visão turva;
- Dificuldade em controlar a urina;
- Fadiga;
- Perda de força muscular;
- Formigamento nas extremidades do corpo;
- Fraqueza;
- Sensação constante de “perna que dorme”;
- Falta de equilíbrio;
- Perda visual;
- Visão dupla;
- Espasmos musculares;
- Dificuldades cognitivas;
- Impotência sexual;
- Tontura ou vertigem;
- Fala anasalada;
- Perda de sensibilidade;
- Dor ou sensações de choque no rosto;
- Alterações de humor, podendo causar depressão e ansiedade.
Existem muitos outros sinais de esclerose múltipla, por isso, ao menor sinal de que algo não vai bem no organismo, é melhor consultar um médico.
Como é feito o diagnóstico de esclerose múltipla?
O diagnóstico de esclerose múltipla é realzado com base nos sintomas do paciente, aliados a exames complementares de imagem, como a ressonância magnética e o exame do liquor, líquido que protege a medula espinhal.
A esclerose múltipla é contagiosa?
Não. Apesar de muitas pesquisas ainda ocorrerem em relação à esclerose múltipla, já se sabe que a doença não é contagiosa.
É possível prevenir a esclerose múltipla?
Não existe uma receita clara/precisa para a prevenção da esclerose múltipla. Estudos ainda estão sendo conduzidos em relação à doença, mas ter uma alimentação saudável, evitar a falta de vitamina D e realizar atividade física com regularidade são fatores que podem ajudar a manter o paciente com esclerose múltipla com melhor qualidade de vida por maior período de tempo.
Como é realizado o tratamento da esclerose múltipla?
Não há cura para a esclerose múltipla. O tratamento é feito para controlar os sintomas que o paciente apresenta e impedir que a doença evolua ou afete mais neurônios graças à evolução no tratamento e ao aumento das opções de medicamentos com crescente eficácia e segurança, fatores que ajudam a reduzir as chances de progressão da doença.
Pode ser necessário um tratamento fisioterápico complementar para ajudar os pacientes que tiveram o lado motor afetado. Além disso, uma dieta balanceada e saudável, com base em carnes brancas, farináceos e legumes, também é fundamental, contribuindo para a diminuição dos quadros inflamatórios.
A Rede D’Or é a maior rede de saúde do Brasil. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Paraná, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.
O grupo é composto, atualmente, por hospitais próprios, clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, banco de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.
Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar como uma de suas principais ferramentas. Trata-se de um processo, conduzido por organizações independentes, de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados.
Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission Internacional (JCI), Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG), e American Society of Clinical Oncology (ASCO).
A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
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