Hemograma
O Hemograma é um exame de sangue usado para avaliar a saúde geral do paciente.
O que é hemograma?
O hemograma é um exame de sangue que serve para avaliar a quantidade e qualidade dos glóbulos vermelhos, ou hemácias, dos glóbulos brancos, ou leucócitos e das plaquetas no sangue.
O hemograma completo é indicado pelos médicos para avaliar a saúde geral da pessoa, analisar uma suspeita ou confirmar o diagnóstico de condições como anemia, doenças crônicas, alergias e inflamações, por exemplo.
Para fazer o exame hemograma não é necessário fazer jejum. No entanto, é recomendável evitar a prática de exercícios físicos 24h antes e ficar 72h sem consumir bebidas alcoólicas, pois podem alterar o resultado.
Para que serve o exame hemograma?
O exame hemograma é indicado para avaliar a suspeita de condições como:
- Anemias;
- Alergias;
- Inflamações;
- Alterações na medula óssea;
- Infecções por vírus, bactérias ou fungos;
- Câncer, como leucemia e linfoma;
- Policitemia.
Além disso, o hemograma é um exame que também pode ser solicitado pelo médico para ajudar no acompanhamento de doenças crônicas e tratamento com medicamentos.
Hemograma precisa de jejum?
Para fazer o hemograma não é necessário fazer jejum ou qualquer outro preparo. Entretanto, caso o hemograma seja feito com outros exames de sangue, o médico ou o laboratório poderá indicar o jejum de algumas horas.
Além disso, deve-se evitar fazer exercícios físicos 24h antes do exame e ficar 72h sem tomar bebida alcoólica, já que podem alterar o resultado do hemograma.
Como é feito o exame hemograma?
O exame hemograma é feito com a coleta de sangue, onde o enfermeiro amarra um elástico em volta do braço da pessoa para facilitar a visualização da veia.
Em seguida, o sangue é colhido por meio da inserção de uma agulha na veia. Por fim, o material é avaliado no laboratório. O exame de hemograma geralmente demora entre 5 e 10 minutos.
Quais exames fazem parte do hemograma completo?
Os exames que fazem parte do hemograma completo são:
- Glóbulos vermelhos, hematócrito ou hemácias, que transportam o oxigênio dos pulmões para todas as células do corpo;
- Leucócitos, ou glóbulos brancos, células que atuam defendendo o organismo contra infecções, alergias e doenças.
Além disso, o hemograma completo também avalia as plaquetas, que são fragmentos de células que agem na coagulação do sangue.
Glóbulos vermelhos, hematócritos ou eritrócitos
Os glóbulos vermelhos correspondem ao número de células vermelhas, também conhecidas como eritrócitos ou hemácias, no sangue.
Quando a contagem de glóbulos vermelhos está acima ou abaixo do normal, pode indicar anemia, diarreia, desidratação, doença renal ou hepática e hemorragia, por exemplo.
As medições do eritrograma incluem:
- Hematócrito: corresponde a porcentagem do sangue composta por glóbulos vermelhos;
- Hemoglobina: indica a quantidade de hemoglobina no sangue, que é a proteína responsável por transportar o oxigênio;
- RDW (Amplitude de distribuição das hemácias): É o grau de variação do tamanho dos glóbulos vermelhos. A variação do tamanho e do formato das hemácias provoca um aumento da RDW, em alguns tipos de anemia;
- VCM, VGM ou MCV (Volume globular médio): corresponde ao tamanho médio das hemácias, que pode estar elevada em casos de anemia por deficiência de vitamina B12 e reduzida na anemia por deficiência de ferro e talassemia, por exemplo;
- HCM ou HGM (Hemoglobina globular média): corresponde à quantidade média de hemoglobina contida em cada hemácia.
Já o CHCM, ou CHGM, indica a concentração média de hemoglobina em uma quantidade de sangue. Valores baixos de CHCM podem indicar anemia ferropriva e talassemia e valores altos podem estar relacionados com queimaduras e esferocitose hereditária.
Leucócitos, ou glóbulos brancos
Os leucócitos, correspondem à quantidade de glóbulos brancos no sangue, que são produzidos pela medula óssea e fazem parte do sistema imunológico.
Os tipos e possíveis alterações dos leucócitos incluem:
Tipos | Valores elevados | Valores baixos |
Eosinófilos | Câncer, doença mieloproliferativa ou linfoproliferativa, infecção parasitária, reações alérgicas, doenças de pele, infiltração pulmonar com eosinofilia, vasculite e uso de medicamentos. | Estresse agudo, inflamação e uso de medicamentos, principalmente os glicocorticóides. |
Basófilos | Câncer, doença mieloproliferativa ou linfoproliferativa, endocrinopatia, infecção viral, tuberculose, doença inflamatória crônica, alergia e anafilaxia. | Infecção aguda, hipertireoidismo, ovulação ou uso de medicamentos. |
Monócitos | Infecção viral ou parasitária, brucelose, tuberculose, listeriose, endocardite, doença granulomatosa, doença autoimunes, câncer, doença mieloproliferativa, doença linfoproliferativa, anemia hemolítica, tabagismo ou uso de medicamentos. | Infecções, doenças autoimunes, anemia aplástica, doenças linfoproliferativas e uso de medicamentos. |
Neutrófilos | Infecção, trauma, estresse, tabagismo, vasculite, hepatite crônica, cetoacidose diabética, anemia hemolítica, obesidade, gravidez e medicamentos. | Insuficiência da medula óssea, anemia megaloblástica, lúpus eritematoso sistêmico, artrite e infecção viral, bacteriana ou protozoária. |
Já os linfócitos altos podem ser provocados por infecção viral, coqueluche, toxoplasmose, tuberculose e brucelose.
Já valores baixos de linfócitos podem estar relacionados com infecção viral ou bacteriana, doenças autoimunes, câncer e doença mieloproliferativa, por exemplo.
Plaquetas
As plaquetas são uma parte das células do sangue, sendo fundamentais para a coagulação do sangue. A análise de plaquetas também pode incluir:
- MPV: equivale a medida do tamanho médio das plaquetas, indicando a sua produção pela medula óssea;
- PDW : avalia a amplitude de variação do tamanho das plaquetas;
- PCT: corresponde ao volume total de plaquetas em um volume de sangue.
Um aumento nas plaquetas pode ser causado por infecções e problemas na medula óssea. Já valores diminuídos podem ser provocados por trombocitopenia, alguns tipos de câncer e problemas no baço, aumentando o risco de sangramento excessivo.
Quais os valores de referência do hemograma completo?
Os valores de referência do hemograma completo em adultos são:
Indicadores | Valores de referência em homens | Valores de referência em mulheres |
Hematócrito | 45 a 50 % | 41 a 46 % |
Hemoglobina | 15,0 a 17 g/dL | 12,5 a 15 g/dL |
Hemácias | 5,00 a 5,5 milhões/ µL | 4,3 a 4,8 milhões/ µL |
VGM | 92 a 101 fL | 92 a 101 fL |
HGM | 29,5 a 32 pg | 29,5 a 32 pg |
CHCM | 33 a 34,5 g/dL | 33 a 34,5 g/dL |
RDW | 12,8 a 14 % | 12,8 a 14 % |
Leucócitos | 4000 a 10000 / µL | 4000 a 10000 / µL |
Linfócitos | 1.000 a 3.000/µL | 1.000 a 3.000/µL |
Monócitos | 200 a 1000/µL | 200 a 1000/µL |
Eosinófilos | 20 a 500/µL | 20 a 500/µL |
Basófilos | 20 a 100/µL | 20 a 100/µL |
Já os valores normais de plaquetas variam entre 150 e 400/µL para homens e mulheres.
Quais os valores de referência de hemograma infantil?
Os valores de referência de hemograma infantil variam conforme a tabela a seguir:
Idade | Recém-nascido | 1 ano | De 2 a 6 anos | De 6 a 12 anos |
Hemoglobina | 18,0 a 22,0 | 12,6 a 14,1 | 12,6 a 14,1 | 12,5 a 14 |
Hematócrito (%) | 60 a 75 | 34 a 38 | 37 a 40 | 40 a 45 |
Hemácias (x 106 /µL) | 6,0 a 7,0 | 4,5 a 5,1 | 4,5 a 5,1 | 4,5 a 5,1 |
VGM (fl) | 110 a 120 | 78 a 84 | 81 a 87 | 86 a 95 |
HGM (pg) | 34 a 37 | 27 a 29 | 27 a 30 | 29 a 33 |
Já os valores de CHGM em crianças variam entre 33 e 37 g/dL, conforme a faixa etária.
Qual médico consultar?
Para realizar o exame de hemograma, é aconselhado consultar o clínico geral para fazer uma avaliação completa e prescrever o exame de forma individualizada.
Orientações
Preparo
Não há preparos para este exame.
Preparativos para o exame
Este exame não necessita de preparo.
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