O transtorno obsessivo-compulsivo, mais conhecido pela sigla TOC, é um transtorno psiquiátrico de ansiedade que tem como principal característica a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Essas obsessões podem ser ideias, pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos e persistentes, que se manifestam de forma intrusiva, ou seja, invadem a vida do paciente insistentemente, sem que ele queira ou tenha controle sobre isso, provocando ansiedade.
Em geral, o transtorno costuma se concentrar em temas como a necessidade de organizar objetos de uma maneira específica ou o medo de contrair germes caso não adote rituais obsessivos de limpeza, como lavar as mãos após tocar qualquer superfície.
Alguns portadores dessa desordem acreditam que, se não agirem de tal maneira, algo terrível pode acontecer com eles. Alguns podem, ainda, apresentar dificuldades para o convívio social e mesmo sofrerem preconceitos por seus comportamentos, que são vistos pelo senso comum como piadas ou fáceis de serem superados – o que não são.
Existem dois tipos principais de transtorno obsessivo compulsivo:
As causas do transtorno obsessivo-compulsivo ainda não estão claras, mas podem envolver alguns fatores que têm origem biológica ou psicológica.
Fatores biológicos podem incluir:
Já os fatores psicológicos podem ser:
De forma geral, o que os médicos sabem é que se trata de um problema multifuncional. Estudos sugerem a existência de alterações na comunicação entre determinadas zonas cerebrais que utilizam a serotonina. Histórico familiar, contrastes sociais e efeitos colaterais a outras doenças também estão entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade.
Os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo geralmente começam de modo gradual e podem variar tanto em tipo de manifestação quanto em grau ao longo da vida.
Em mais da metade dos casos, os primeiros sinais aparecem na infância e adolescência, mas também podem surgir em momentos como o nascimento de um filho, por exemplo, quando pais e mães que já têm uma predisposição podem desenvolver uma preocupação doentia com o bebê sob seus cuidados.
O principal sintoma do transtorno obsessivo-compulsivo é a presença de pensamentos obsessivos que levam à realização de um ritual compulsivo a fim de reduzir a ansiedade.
Os pensamentos obsessivos podem ser dos mais variados, sendo os mais comuns:
Já entre os rituais compulsivos mais comuns apresentadas por quem tem TOC estão:
O paciente portador de TOC pode apresentar ainda:
Devido ao desconhecimento dos sintomas da doença, a vergonha por parte do paciente de relatar o problema, o medo da não aceitação e mesmo do estigma social sobre o portador do TOC, o diagnóstico da doença é, muitas vezes, tardio. Os pacientes costumam receber o diagnóstico cerca de 8 a 10 anos após o aparecimento dos primeiros sintomas, o que pode prejudicar bastante a qualidade de vida e o convívio social de quem possui o transtorno.
Além dessa questão, o TOC também costuma se apresentar com outras doenças, como ansiedade, depressão e transtorno de personalidade.
O responsável pelo diagnóstico do transtorno obsessivo-compulsivo é o médico psiquiatra, que avalia as principais queixas, sinais e sintomas do paciente para indicar o melhor tratamento e, assim, melhorar a qualidade de vida.
O transtorno obsessivo compulsivo não tem cura, mas o tratamento pode aliviar bastante os pensamentos e comportamentos compulsivos, permitindo ao seu portador recuperar o bem-estar e a qualidade de vida.
A abordagem do psiquiatra pode ser tanto medicamentosa quanto não medicamentosa, sendo, em geral, uma combinação de ambos. O tratamento medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina. Já a terapia cognitivo-comportamental, que é uma forma de tratamento não medicamentoso, se divide em duas esferas:
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