Pneumonia Congênita

A pneumonia congênita é uma infecção do pulmão que ocorre nos primeiros dias ou semanas de vida. Ela é causada por bactérias, vírus ou fungos que entram no corpo do bebê antes ou durante o parto.

A pneumonia é a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos em países em desenvolvimento. Dados do DATASUS apontaram a pneumonia como causa mortis de 886 casos de óbitos infantis no Brasil no ano de 2016.

Os sintomas incluem:

• Tosse;
• Febre;
• Respiração rápida (taquipneia);
• Presença de retrações do tórax (tiragens subcostais);
• Estertores finos (crepitações);
• Dor torácica;
• Hipoxemia.

As causas da pneumonia congênita são variadas e podem ser divididas em dois grupos:

Infecções adquiridas no útero: os vírus, bactérias ou fungos que causam a pneumonia congênita podem ser adquiridos pela mãe durante a gravidez e transmitidos para o bebê por meio da placenta ou do líquido amniótico.

Infecções adquiridas durante o parto: podem ser adquiridas pelo bebê durante o parto, por meio do canal vaginal da mãe ou do contato direto com a pele do bebê.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os vírus são responsáveis pela maioria dos casos de pneumonia congênita, aproximadamente 90% até um ano de idade e 50% na idade escolar. Destaca-se o vírus sincicial respiratório como o de maior incidência.

Outros responsáveis em ordem de frequência são: Influenza, Parainfluenza, Adenovírus, Rinovírus, Metapneumovírus e Bocavírus. Os dois últimos são associados à síndrome da angústia respiratória (SARS).

Os quadros bacterianos são responsáveis por infecções mais graves, com maior comprometimento do estado geral do paciente. Desses, o Streptococcus pneumoniae é o agente mais frequente.

Os fatores que podem aumentar o risco de pneumonia congênita são:

Parto prematuro: os bebês prematuros têm um sistema imunológico menos desenvolvido e, portanto, são mais suscetíveis a infecções.

Infecções no líquido amniótico: as infecções no líquido amniótico podem ser causadas por bactérias, vírus ou fungos e causar pneumonia congênita no bebê.

O diagnóstico da pneumonia congênita é feito pelo médico com base no exame físico do bebê, na história clínica da mãe e nos resultados de exames complementares, como:

• Radiografia do tórax: a radiografia do tórax pode mostrar alterações nos pulmões, como opacidades ou infiltrações.
• Exame de sangue: o exame de sangue pode mostrar alterações, como o aumento dos níveis de leucócitos, que são as células do sistema imunológico.
• Cultura de secreções respiratórias: a cultura de secreções respiratórias é capaz de identificar o agente infeccioso que está causando a pneumonia.

O tratamento é feito com antibióticos, que são usados para matar as bactérias que estão causando a infecção. Os antibióticos podem ser administrados por via oral ou intravenosa.

A amoxicilina é a primeira opção terapêutica no tratamento ambulatorial, sendo recomendada para o tratamento de crianças de dois meses a cinco anos.

Os médicos mais indicados para o diagnóstico e tratamento da pneumonia são infectologistas, neonatologistas, pediatras e pneumologistas. Esses profissionais podem realizar exames clínicos, análises laboratoriais e prescrever o tratamento adequado com base na gravidade dos sintomas.

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