Também conhecida como “cegueira dos rios” e “mal do garimpeiro”, a oncocercose é uma doença parasitária crônica, causada pelo verme nematódeo Onchocerca volvulus. Esse parasita penetra na pele e causa, além das lesões dermatológicas, danos nos olhos, podendo levar à cegueira se a infecção não for tratada.
A oncocercose faz parte do grupo de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs), presentes nas regiões de clima tropical do planeta, transmitidas por insetos e que atingem sobretudo pessoas de baixa renda.
Os primeiros casos de oncocercose no Brasil foram registrados em 1967. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), após décadas de esforços, foi possível eliminar a doença em quase todas as Américas. Porém, ela ainda causa preocupação na fronteira do Brasil com a Venezuela, onde 28 mil indígenas yanomami sofrem com a “cegueira dos rios”. O objetivo global da Organização Mundial da Saúde (OMS) é erradicar a patologia até 2025.
O verme nematódeo Onchocerca volvulus tem como hospedeiros o ser humano e os insetos do gênero Simulium (também chamados de moscas negras ou borrachudos), que se reproduzem em rios e córregos. Dessa forma, a oncocercose é transmitida às pessoas pela picada do mosquito infectado.
As manifestações da oncocercose demoram a surgir. Em alguns casos, a doença pode ser assintomática por anos. Normalmente, após cerca de 12 meses desde a infecção, surgem nódulos na pele (onde os vermes adultos se localizam). A partir disso, devido à produção de microfilárias pelos parasitas, é comum que o paciente apresente sintomas como:
A longo prazo, a oncocercose atinge outros órgãos, como os olhos, o que pode provocar danos como perda parcial da visão e até cegueira. A doença ainda tende a causar lesões linfáticas e sistêmicas.
Para tratar a oncocercose, o médico receita medicamentos antiparasitários e, às vezes, antibióticos. O tratamento é contínuo, podendo durar anos, normalmente com intervalos de seis meses entre as doses. Embora não seja possível eliminar os vermes adultos, a terapia adequada ajuda a controlar a infecção e prevenir complicações, uma vez que limita a liberação de microfilárias e elimina as existentes.
Os infectologistas são os médicos mais indicados para diagnosticar e tratar a oncocercose, já que se especializaram em doenças infecciosas e parasitárias. No entanto, o tratamento pode ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada também por dermatologistas e oftalmologistas.
O diagnóstico da oncocercose é realizado por meio da análise microscópica de uma pequena amostra da pele, buscando observar se há presença de microfilárias. Em alguns casos, pode ser necessário realizar o teste com lâmpada de fenda, um exame oftalmológico que ajuda a identificar microfilárias nos olhos.
Infelizmente, ainda não existe vacina contra a oncocercose. Porém, existem alguns cuidados que podem ser adotados para prevenir a doença:
Em lugares onde a oncocercose é recorrente, as estratégias preventivas ainda incluem tomar o antiparasitário periodicamente.
Na Rede D’Or você pode contar com diversos exames de diagnóstico para identificar a oncocercose com precisão, além de profissionais especializados para indicar a melhor forma de tratamento e recomendar os medicamentos essenciais para a sua recuperação, se for preciso.
A Rede D’Or é a maior empresa de saúde da América Latina. Está presente nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Maranhão, de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Mato Grosso do Sul, da Bahia, Paraíba e no Distrito Federal.
O grupo é composto atualmente por hospitais próprios e clínicas oncológicas (Oncologia D’Or), além de atuar em serviços complementares com exames clínicos e laboratoriais, bancos de sangue, diálise e ambulatórios de diversas especialidades.
Para garantir a excelência na prestação de serviços, a Rede D’Or adotou a Acreditação Hospitalar, processo de avaliação externa para examinar a qualidade dos serviços prestados conduzido por organizações independentes, como uma de suas principais ferramentas. Os hospitais do grupo já receberam certificações emitidas por organizações brasileiras, como a Organização Nacional de Acreditação (ONA), e internacionais, como a Joint Commission International (JCI), a Metodologia Canadense de Acreditação Hospitalar (QMENTUM IQG) e a American Society of Clinical Oncology (ASCO).
A Rede D’Or ainda oferece aos pacientes críticos o cuidado necessário no momento certo, o que leva a melhores desfechos clínicos e à alocação eficiente de recursos. Por isso, 87 UTIs do grupo receberam o certificado Top Performer 2022, concedido pela Epimed e AMIB – Associação de Medicina Intensiva Brasileira.
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