A Morte cerebral ou morte encefálica é o quadro em que o cérebro deixa de funcionar e interrompe qualquer atividade, sejam pensamentos, atividades conscientes, fluxos de consciência ou mesmo atividades básicas que são relativas ao funcionamento do corpo, como a manutenção da respiração e os processos de funcionamento do sistema digestivo.
Em resumo, na morte cerebral, todo e qualquer tipo de função cerebral deixa de existir.
O paciente continua a respirar porque é possível manter a respiração artificial, sem a necessidade de intervenção cerebral — o mesmo vale para os batimentos cardíacos. No entanto, assim que os equipamentos que mantêm a respiração e o coração funcionando são desligados, o paciente deixa de viver.
É importante ressaltar que, ainda que seja possível manter o coração e o pulmão funcionando por meios artificiais, os outros órgãos vão deixando de funcionar aos poucos.
É nesse período, entre a confirmação da morte cerebral e o desligamento das máquinas de manutenção de vida, que é possível retirar os órgãos saudáveis para doação a outras pessoas na fila de transplantes. Pacientes com morte cerebral confirmada são considerados legalmente mortos.
A morte cerebral geralmente acontece devido à combinação de dois fatores: o aumento da pressão intracraniana, devido ao inchaço cerebral (edema), e o cessar da circulação sanguínea e de fluido encefalorraquidiano, são muitas as condições que podem causar o surgimento destes fatores.
É o caso, por exemplo, de traumas que atinjam a cabeça ou tumores no cérebro. Ainda, derrames cerebrais, paradas cardíacas, overdoses e hemorragias intracranianas são patologias que podem fazer com que o paciente apresente morte cerebral.
Infelizmente, a morte cerebral não tem cura e é irreversível. Uma vez constatada a morte cerebral, os familiares do paciente são informados e devem tomar a nobre decisão de doar ou não os órgãos do ente querido.
O paciente com morte cerebral é considerado legalmente morto, a partir do momento em que a condição é constatada, de acordo com protocolos que são estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Por se tratar de situação muito delicada e que envolve a vida de outro ser humano, para que a morte cerebral seja corretamente identificada e constatada, é preciso seguir um protocolo especialmente criado para esse momento.
De modo geral, é necessário dois ou mais médicos para a constatação da morte encefálica e ambos devem analisar o paciente em um intervalo mínimo de uma hora ou até mesmo em dias diferentes.
Serão realizados exames como o eletroencefalograma e a angiografia cerebral, com o objetivo de confirmar a ausência de atividade cerebral, assim como testes que atestam que o paciente não possui mais a capacidade de respirar sem o auxílio de aparelhos, além de comprovações que mostram que o paciente não apresenta mais metabolismo.
A Rede D’Or possui hospitais espalhados por 6 estados brasileiros. Todas as instituições possuem selos de qualidade nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no atendimento hospitalar.
Ao todo, são mais de 80 mil médicos das mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento e no diagnóstico de condições diversas.