Manchas

Manchas é um termo médico genérico utilizado para designar alterações na aparência da pele.

Em vez de ter uma tonalidade uniforme, que pode variar levemente em alguns pontos (devido à exposição ao sol, por exemplo), a pele com manchas apresenta mudanças em sua tonalidade, que geralmente surgem com bordas bem definidas.

A pele é o maior órgão do corpo humano, por isso, ela é um importante indicador de saúde. As manchas na pele auxiliam no diagnóstico não só de condições dermatológicas, mas também de doenças que podem afetar uma série de sistemas do organismo.

De modo geral, as manchas na pele acontecem devido ao aumento na produção de melanina. A melanina é uma proteína produzida pelas células epiteliais (células da pele), responsável por dar coloração e tonalidade à pele.

Algumas pessoas produzem mais melanina, enquanto outras a produzem em menor quantidade. O aumento da produção de melanina que causa o surgimento de manchas na pele acontece de forma localizada, em um ou outro ponto da pele, e é por isso que as manchas surgem.

As manchas na pele também podem acontecer pelo cessar da produção de melanina em alguns pontos da pele (é o caso, por exemplo, de doenças como o vitiligo) ou devido a processos inflamatórios na pele, que causam manchas avermelhadas (como as que surgem em decorrência de alergias ou de acne).

Existem, ainda, manchas na pele que são temporárias. É o caso das manchinhas causadas por hematomas, como os que acontecem em decorrência de bancadas na pele, que fazem com que os vasinhos sanguíneos estourem, causando uma descoloração em pontos da pele que pode ter tons roxos, avermelhados, arroxeados e até amarelados, conforme o organismo absorve esse sangue e renova o local.

Se fosse esticada por completo, a pele do corpo de uma única pessoa só poderia cobrir uma quadra de tênis inteira. A pele é realmente muito grande e ela inteira está suscetível a sofrer manchas.

Por isso, é possível afirmar que as manchas na pele podem surgir em qualquer ponto do corpo, tendo diferentes características, como serem grandes ou pequenas, com bordas bem delimitadas ou não, ou tendo um relevo ou não.

Muitas doenças podem causar manchas na pele.

Entre as doenças dermatológicas que causam manchas na pele, destacamos:

• vitiligo: que causa o surgimento de manchas esbranquiçadas na pele (devido ao fim da produção de melanina pelas células da pele) e acontece, geralmente, por motivos emocionais;

• melasma: faz com que surjam manchas amarronzadas ou avermelhadas (a depender do tom da pele da paciente) na região facial, sendo muito ligada ao processo de gestação;

• acne: pacientes com altos níveis de acne durante a adolescência podem apresentar manchas na pele na idade adulta;

• psoríase: acontece quando as células da pele ficam muito ressecadas e começam a descamar, causando manchas pelo corpo;

• micoses: causadas por fungos diversos, que podem entrar no organismo devido a pequenos cortes na pele, ou pelas unhas, causando manchas esbranquiçadas;

• fitofotodermatite: quando manchas esbranquiçadas na pele surgem devido à exposição a agentes corrosivos e ácidos, como o sumo de limão.

Entre as doenças que não necessariamente estão relacionadas à pele, mas que causam manchas nela, incluímos:

• acantose nigricans: quando surgem manchas escurecidas ao redor do pescoço e das dobras do corpo (axilas, coxas, atrás dos joelhos, nos cotovelos, etc) devido a problemas relacionados ao controle do açúcar no sangue, como a resistência insulínica e o diabetes;

• alergias: algumas alergias podem fazer com que a pele do paciente fique manchada durante um certo período de tempo, especialmente quando ela é desencadeada por ações como a picada de um inseto, por exemplo;

• dengue: causa o surgimento de manchas arroxeadas ou avermelhadas pelo corpo;

• covid-19: também pode ocasionar manchas no corpo dos pacientes infectados com o vírus;

• lúpus: nessa doença autoimune, vários sistemas do corpo humano são atacados, inclusive a pele.

Sim. Algumas manchas que surgem na pele podem ser um importante sinal de câncer na pele, que não deve ser ignorado. Isso porque, assim como em outros tipos de câncer, quanto mais cedo o câncer na pele for detectado, melhores são as chances de recuperação do paciente.

É importante ressaltar que nem toda mancha pode ser câncer de pele. No entanto, existem algumas características nas manchas e pintas que servem como um sinal de alerta para a doença. Entre elas, destacamos:

• manchas muito escurecidas;
• manchas com tonalidades diferentes, mas em uma mesma mancha;
• manchas muito assimétricas ou com bordas irregulares e tortas;
• manchas muito grandes, que ultrapassam 0,5 cm;
• manchas que surgem, do nada, e que mudam de aparência rapidamente, aumentando de tamanho ou mudando de cor.

As manchas que sangram facilmente, que causam coceira ou incômodo e que nunca parecem melhorar também devem ser observadas com cuidado.

No caso de manchas do tipo, é recomendado procurar um médico dermatologista de imediato. Ele poderá fazer exames como biópsias ou análises cutâneas, que permitem um diagnóstico preciso e correto do que o paciente possui.

O tratamento de algumas manchas na pele pode ser feito pelo médico dermatologista, especializado nos cuidados da pele. Esse especialista pode indicar cremes, pomadas e até tratamentos que usam laser e outras técnicas para amenizar a aparência e melhorar a estética do paciente.

Um paciente com manchas na pele associadas a outros sintomas, como febre, dor de cabeça e dores no corpo, por exemplo, recebe a recomendação de buscar um médico clínico geral ou um pronto atendimento médico.

Uma vez que as manchas na pele podem ser sintomas de outras condições não relacionadas com a pele, é importante consultar um médico, que saberá encaminhar o paciente para o tratamento correto.

Por fim, as manchas na pele também podem ser acompanhadas por um médico alergologista, que poderá fazer as devidas avaliações para entender as origens dessas manchas no corpo do paciente.

Algumas medidas podem ajudar o paciente a evitar o surgimento de manchas na pele. Entre elas, temos:

• evitar a exposição solar entre 10h e 16h;
• utilizar protetor solar mesmo se ficar em casa, uma vez que as luzes elétricas podem estimular as células de pele da mesma forma que o sol;
• manter-se bem hidratado;
• utilizar cremes dermatologicamente testados para manter a pele hidratada;
• não espremer, em hipótese alguma, cravos e espinhas.

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