Linfonodos, ou gânglios linfáticos, são estruturas do sistema linfático cuja função é manter o equilíbrio de fluidos, com a produção da linfa e o sistema imunológico, mantendo o corpo saudável.
Eles também conhecidos como ínguas, caroços ou gânglios linfáticos,que são pequenas glândulas em forma de ‘feijão’, que estão distribuídas por todo o corpo, ajudando o sistema imune a funcionar corretamente, uma vez que filtram a linfa para remover vírus e bactérias que podem ser um risco para o organismo. Assim que removidos, esses micro-organismos são destruídos pelos linfócitos, que são células de defesa presentes dentro dos linfonodos.
O sistema linfático está presente no organismo como uma grande rede, semelhante ao sistema vascular. Em alguns pontos forma pequenos “bolsões” com um formato similar ao grão de feijão, que são os chamados gânglios linfáticos. Os linfonodos estão presentes em locais como pescoço, virilha e axilas, por exemplo.
O linfoma acontece quando uma célula normal do sistema linfático sofre mutações, passando a se multiplicar sem parar e se disseminando pelo organismo.
Pequenas alterações como um corte profundo em determinada região ou processo inflamatório (como na faringe por exemplo), leva à formação do processo de linfadenopatia, com linfonodos aumentados de tamanho ajudando a combater a infecção.
Por ter diversos tipos de linfomas, eles têm comportamento e grau de agressividade diferentes, podendo ser divididos em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. Os primeiros ocorrem em um tipo de célula linfoide conhecido como célula de Reed-Sternberg, e costumam acometer mais pessoas entre 15 e 35 e até mesmo acima dos 55 anos. Já os segundos são mais comuns em pessoas mais velhas e podem surgir em outras células do sistema linfático.
Uma pessoa com linfonodos cervicais aumentados, bem como dor de garganta e febre, pode apenas ter uma infecção na garganta que está sendo combatida pelo organismo. Se os linfonodos da virilha estão aumentados, ela pode estar com uma doença sexualmente transmissível, por exemplo.
Os linfonodos aumentados no pescoço são conhecidos popularmente por “ínguas” e podem ser resultado de uma infecção no trato respiratório ou uma conjuntivite. Eles podem inchar na região lateral, além da região perto das orelhas e embaixo do maxilar. Quando acontece é possível ver ou sentir um pequeno caroço.
Os linfonodos aumentam próximo da região afetada pela infecção, ou em todo o organismo, surgindo na virilha e axilas, mais comum em doenças graves como tuberculose, HIV, leptospirose e lúpus, por exemplo.
Também é importante dizer que a presença de linfonodos aumentados pode acontecer mesmo quando não há nenhuma infecção. Neste caso, os glóbulos brancos se proliferam desordenadamente, gerando assim o crescimento anormal das ínguas. Eles não costumam ser dolorosos, ao contrário dos linfonodos infecciosos. Esses costumam aparecer nas axilas, no pescoço e na virilha. Alguns dos outros sintomas menos específicos podem surgir como a febre, perda de peso, fraqueza, suor excessivo durante a noite e aumento no volume do abdômen.
Os linfonodos aumentados podem ser também sintoma precoce de câncer. Assim, indivíduos apresentando linfonodos aumentados que não diminuem de tamanho por vários dias, merecem um check-up descartando câncer através de exames de sangue, biópsia ou tomografia, por exemplo.
Linfonodos axilares aumentados podem ser, por exemplo, um indicativo precoce de câncer de mama, mas também um sinal de infecções e alergia de contato na pele causadas pelo uso de um cosmético como um desodorante roll-on.
A avaliação do médico ajuda a identificar o que pode ser. É por isso que a área é apalpada e verifica se o gânglio se mexe, qual seu tamanho e se dói. Os gânglios dolorosos têm menos chances de ser cancerosos. Ter vários gânglios aumentados pelo corpo, aumenta as chances de ser uma leucemia, sarcoidose, lúpus eritematoso sistêmico, reações a drogas, e em algumas infecções. Os gânglios nas leucemias e linfomas têm consistência firme e não causam dor.
Se há suspeita, deve ser feita uma biópsia, que será analisada por um patologista especializado, já que existem muitos subtipos de linfoma e é fundamental ter o diagnóstico preciso, podendo ser pedido exames de imagem para auxiliar no tratamento. A seguir é feito o estadiamento para identificar outras áreas que possam ser acometidas pelo câncer.
O tratamento mais utilizado é a quimioterapia por ser mais eficaz no linfoma do que em alguns tumores, e em alguns casos, é complementada com a radioterapia. Os anticorpos monoclonais – proteínas alteradas em laboratório para atacar células específicas – também podem ser utilizados no tratamento associados à quimioterapia.
Para evitar dúvidas ou excesso de preocupação, a presença de linfonodos aumentados, associados a outros sintomas, em várias regiões do organismo, vale consultar um médico para avaliação holística visando descartar doenças mais graves.
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