Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita.
Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita do gênero Leishmania e da família Trypanosomatidae, que vive e se multiplica no interior das células que fazem parte do sistema defensivo do indivíduo, os macrófagos.
Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito-palha e por insetos hematófagos, conhecidos como flebotomíneos ou flebótomos, que medem de dois a três milímetros, podendo atravessar mosquiteiros e telas – podendo afetar animais silvestres e domésticos. Essa condição é considerada majoritariamente tropical, sendo mais comum em países de clima quente e úmido, como certas regiões do Brasil.
Há a leishmaniose humana e a leishmaniose canina, que afeta cachorros.
Considera-se que existem dois tipos de leishmaniose: a leishmaniose visceral e a leishmaniose cutânea.
A leishmaniose visceral também é conhecida como calazar. Esse tipo de leishmaniose é uma doença sistêmica, pois afeta os órgãos das vísceras, como o baço e o fígado, além da medula óssea. Os sintomas incluem febre, tosse, dor abdominal, anemia, hemorragias, imunodeficiência, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de inchaço nos linfonodos.
De forma geral, a leishmaniose visceral pode atingir crianças até os dez anos de idade e é considerada a forma mais aguda da doença, sendo causada por bactérias (principalmente pneumonias) ou manifestações hemorrágicas. Se seus sintomas não forem tratados, ela pode evoluir e causar o óbito dos pacientes.
A leishmaniose cutânea aparece entre duas e três semanas após a picada do flebotomíneo, também é chamada de ferida brava, ou de leishmaniose tegumentar, e causa feridas na pele, que podem evoluir para feridas nas mucosas, como a boca e o nariz. As feridas causadas pela leishmaniose tegumentar são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas, podendo aumentar de tamanho até formar uma ferida com crosta ou secreção.
A leishmaniose tegumentar é a forma mais comum da doença, sendo que, dependendo do tipo, ela pode se curar de forma espontânea.
Apesar de ainda não existir vacina contra as leishmanioses humanas, é amplamente recomendado manter as áreas ao redor da residências e os abrigos de animais de estimação, além de realizar podas de árvores para não se criar ambientes sombreados e evitar acúmulo de lixo orgânico para manter roedores afastados, já que são prováveis fontes de infecção.
Outras medidas a serem tomadas é evitar construções de casas e acampamentos em áreas rurais muito próximas à mata. Quem vive ou trabalha nesse tipo de terreno deve fazer uso de manga longa e calças evitando qualquer tipo de contato com o mosquito vetor. Ainda se recomenda o uso de repelentes na pele, não tomar banhos de rio e fazer dedetização quando solicitado por autoridades de saúde.
Uma vez diagnosticada, por meio da demonstração do parasito por exame direto ou cultivo de material obtido dos tecidos infectados (medula óssea, pele ou mucosas da face) por aspiração, biópsia ou raspado das lesões, além de testes sorológicos (exame de sangue), o tratamento pode ser feito com diferentes medicamentos, no caso da leishmaniose visceral.
Os remédios podem ser combinados ou não, e o objetivo é conter o parasita para que a pessoa possa voltar a ter qualidade de vida.
Para a leishmaniose cutânea, é preciso realizar um acompanhamento e uma boa higiene para evitar o surgimento de úlceras e infecções, mas muitas vezes as feridas se curam de forma espontânea.
Outras formas de tratamento para a doença é por meio da utilização do antimoniato de meglumina (glucantime), bem como a anfotericina B e pentamidina.
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