Leishmaniose
Leishmaniose é um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita.
O que é leishmaniose?
A leishmaniose é uma infecção causada pelo protozoário Leishmania spp, resultando em sintomas como caroço no local da picada, feridas na pele, febre, diarreia ou dor abdominal.
A leishmaniose pode ser transmitida através da picada dos mosquitos Phlebotomus e Lutzomyia infectados com o protozoário e os sintomas podem variar de acordo com o tipo de leishmaniose.
O tratamento da leishmaniose é feito pelo infectologista ou clínico geral que pode indicar o uso de remédios antiparasitários para eliminar o protozoário e aliviar os sintomas.
Quais os sintomas de leishmaniose?
Os principais sintomas de leishmaniose são:
- Caroço na pele no local da picada;
- Feridas na pele;
- Ínguas doloridas;
- Febre;
- Dor abdominal ou barriga inchada;
- Diarreia;
- Hemorragias ou anemia.
Além disso, podem surgir aumento do baço e do fígado, perda de peso ou fraqueza excessiva, por exemplo. Veja também outras causas de caroço na pele.
Os sintomas de leishmaniose variam de acordo com seu tipo e devem sempre ser avaliadas pelo infectologista ou clínico geral, para iniciar o tratamento mais adequado e evitar complicações que podem colocar a vida em risco.
O que acontece se uma pessoa pegar leishmaniose?
Se uma pessoa pegar leishmaniose, o protozoário Leishmania spp pode infectar os macrófagos que são células de defesa do sistema imunológico, onde se multiplicam.
Em seguida, os macrófagos cheios do parasita se rompem infectando a pele, podendo também se disseminar pela corrente sanguínea e afetar o fígado, baço, medula óssea ou intestinos.
Qual médico consultar?
Na presença de sintomas de leishmaniose, deve-se consultar o infectologista ou clínico geral, para que sejam realizados exames e confirmado o diagnóstico.
Como é feito o diagnóstico de leishmaniose?
O diagnóstico de leishmaniose é feito pelo infectologista ou clínico geral, por meio da avaliação dos sintomas e exames físico e laboratoriais.
Assim, o médico pode solicitar exames de sangue para avaliar a presença de anticorpos contra o parasita, além de biópsia de pele, mucosas, baço, fígado ou da medula óssea. Veja como é feita a biópsia.
Qual é o agente causador da leishmaniose?
O agente causador da leishmaniose é o protozoário Leishmania spp que infecta os macrófagos que são células do sistema imunológico responsáveis por combater infecções.
Como a leishmaniose é transmitida aos humanos?
A leishmaniose é transmitida aos humanos através da picada dos mosquitos Phlebotomus ou Lutzomyia infectados com o protozoário Leishmania spp.
Esses mosquitos picam animais infectados, como cães, gatos ou roedores, transmitindo o protozoário aos humanos.
Quais são os tipos de leishmaniose?
Os principais tipos de leishmaniose são:
- Leishmaniose cutânea;
- Leishmaniose tegumentar;
- Leishmaniose visceral.
O tipo de leishmaniose varia de acordo com o local do corpo afetado pelo protozoário e é identificado pelo médico através dos exames de diagnóstico.
- Leishmaniose cutânea
A leishmaniose cutânea é o tipo mais comum que afeta a pele, causada pelo mosquito Lutzomyia, conhecido como mosquito-palha.
Esse tipo de leishmaniose pode ser localizada, provocando um caroço no local da picada do mosquito, podendo causar feridas ou úlceras ao longo do tempo que não cicatrizam. Veja outros sintomas da leishmaniose cutânea.
Além disso, a leishmaniose cutânea também pode ser disseminada, conhecida como leishmaniose difusa, sendo caracterizada pelo aparecimento de múltiplos caroços na pele que não causam dor, nem úlceras, sendo semelhantes às lesões da hanseníase.
- Leishmaniose tegumentar
A leishmaniose tegumentar, também conhecida como leishmaniose mucocutânea, afeta a pele e as mucosas do nariz, orofaringe, palatos, lábios, língua e laringe.
Os sintomas mais comuns da leishmaniose tegumentar são obstrução do nariz, perfuração do septo nasal ou do palato mole, feridas ou úlceras nos lábios, garganta, faringe ou laringe, gengivite ou periodontite, por exemplo.
As feridas causadas pela leishmaniose tegumentar são avermelhadas, ovaladas e com bordas delimitadas, podendo aumentar de tamanho até formar uma ferida com crosta ou secreção.
- Leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral, também conhecida como calazar ou leishmaniose sistêmica, afeta o baço e o fígado, além da medula óssea.
Os sintomas mais comuns da leishmaniose visceral são febre, tosse, dor abdominal, anemia, hemorragias, imunodeficiência, perda de peso, diarreia, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de ínguas doloridas.
Esse tipo de leishmaniose deve ser tratado rapidamente pois pode colocar a vida em risco. Saiba mais sobre a leishmaniose visceral.
Quais são os tratamentos para leishmaniose?
O tratamento para leishmaniose é feito pelo infectologista ou clínico geral, para aliviar os sintomas, eliminar o protozoário e evitar complicações, e varia de acordo com o tipo de leishmaniose.
Os principais tratamentos para leishmaniose são:
- Crioterapia, para leishmaniose cutânea, quando se tem menos de 5 lesões na pele;
- Remédios de uso tópico, como antimoniato de meglumina ou paromomicina, para leishmaniose cutânea;
- Injeção de pentamidina ou antimoniato de metilglucamina no músculo ou na veia, para leishmaniose cutânea, mucocutânea ou visceral;
- Antibióticos, como anfotericina B, aplicada na veia, para leishmaniose visceral.
O tratamento da leishmaniose deve ser feito pelo tempo estabelecido pelo médico, realizando também consultas regulares para avaliar a eficácia do tratamento.
A leishmaniose tem cura?
A leishmaniose tem cura quando o tratamento é feito conforme orientado pelo médico.
No entanto, quando não tratada adequadamente, pode colocar a vida em risco, principalmente no caso da leishmaniose visceral, pois atinge diversos órgãos.
Como prevenir a leishmaniose?
Algumas formas de prevenir a leishmaniose são:
- Usar repelente de insetos;
- Colocar mosquiteiro na cama e telas em janelas e portas;
- manter as áreas próximas às casas e os abrigos de animais domésticos sempre limpas;
- Realizar podas de árvores para não se criar ambientes sombreados;
- Evitar acúmulo de lixo orgânico para manter roedores afastados.
Além disso, deve-se evitar construções de casas e acampamentos em áreas rurais muito próximas à mata e não tomar banhos de rio em regiões de mata.
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