Hemocromatose Secundária
O que é hemocromatose secundária?
Hemocromatose secundária é o nome dado para a doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de ferro no organismo. Se não for tratada, pode ser fatal, já que o excesso de ferro é tóxico para o corpo e pode causar falência dos órgãos, especialmente do fígado, coração e pâncreas, além de que agrava o risco de aumento do fígado, insuficiência hepática, cancro hepático ou cirrose. Quando o excesso de ferro se acumula no coração, causa arritmias e insuficiência cardíaca, e no pâncreas causa diabetes.
Quais são as causas da hemocromatose secundária?
As causas da hemocromatose secundária estão relacionadas com a dificuldade do organismo em produzir glóbulos vermelhos. Em geral, estão ligadas a distúrbios como:
- Problemas hereditários de hemoglobina, como anemia falciforme, talassemia ou anemias sideroblásticas;
- Anemias hemolíticas, presentes desde o nascimento;
- Mielodisplasias;
- Ingestão excessiva de ferro na dieta;
- Transfusões de sangue repetidas;
- Doenças crônicas do fígado, como hepatite C crônica, doença hepática alcoólica ou esteato-hepatite não alcoólica;
- Uso de comprimidos contendo ferro ou injeções de ferro, com ou sem ingestão elevada de vitamina C;
- Diálise renal a longo prazo.
Quais são os sintomas da hemocromatose secundária?
Os sintomas da hemocromatose secundária aparecem por volta dos 40 anos em forma de:
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Cirrose;
- Diabetes;
- Disfunção erétil;
- Dores nas articulações;
- Infertilidade;
- Câncer de fígado;
- Pele com tom bronzeado;
- Insuficiência cardíaca (ocasionalmente);
- Hipotireoidismo;
- Micções mais frequentes;
- Diminuição da líbido;
- Impotência sexual.
Alguns pacientes podem não apresentar qualquer tipo de sintoma. É essencial manter os exames sempre em dia e frequentar um médico com periodicidade.
Hemocromatose secundária tem cura?
A hemocromatose secundária tem cura, dependendo do estágio da doença. O tratamento busca reduzir os níveis de ferro no organismo. Em alguns casos, somente o uso de medicamentos é suficiente. Outros, mais graves, precisam fazer a retirada do sangue.
Como é feito o diagnóstico da hemocromatose secundária?
O diagnóstico da doença é feito através de um exame de sangue, onde são medidos os níveis sanguíneos de ferro, ferritina (armazena o ferro) e transferrina (transporta o ferro no sangue quando ele não se encontra dentro dos glóbulos vermelhos).
Outros exames adicionais podem ser feitos, como testes de função hepática, biópsia hepática e teste de identificação de mutações genéticas.
Como é feito o tratamento da hemocromatose secundária?
A meta do tratamento é reduzir o teor de ferro do corpo. No caso de algumas pessoas, isso se dá por meio da remoção de sangue (flebotomia). Contudo, muitas pessoas com sobrecarga de ferro secundária também têm anemia. Uma vez que a flebotomia piora a anemia, esses indivíduos recebem terapia quelante, que pode ser administrada via oral, sob a pele ou por meio intravenoso.
O que evitar durante o tratamento da hemocromatose secundária?
Durante o tratamento, o paciente com hemocromatose secundária deve evitar a ingestão de ferro em comprimidos, injeções ou multivitamínicos, assim como limitar a ingestão de vitamina C e álcool, bem como evitar peixes e mariscos crus.
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