Fimose

Indivíduos com fimose apresentam dificuldades em expor a cabeça do pênis (glande), por conta de um excesso de pele presente no prepúcio.

Normalmente, a fimose acomete bebês e crianças até os 4 anos. Em alguns casos, o problema é sanado de forma natural. Em outros, é necessário passar por um procedimento cirúrgico para resolvê-lo.

Além da dificuldade em expor a cabeça do pênis, o indivíduo com fimose também pode apresentar:

– Dor ou ardência ao urinar;

– Infecções frequentes;

– Sangramento na urina, cabeça do pênis ou prepúcio;

– Irritação no local.

Em adultos, a fimose pode causar dores durante a atividade sexual, além de ser um dos fatores de risco para o câncer de pênis. Homens com fimose têm, também, maior probabilidade de contrair infecções sexualmente transmissíveis.

São dois: a fimose fisiológica e a fimose secundária. Na fimose fisiológica, o paciente já apresenta esse excesso de pele ao nascer. Cabe ao médico pediatra realizar o acompanhamento, para saber se a pele está se retraindo naturalmente ou não.

Já a fimose secundária costuma acontecer em qualquer idade. Seu surgimento pode se dar após uma infecção ou inflamação no pênis, ou até mesmo, como consequência de algum traumatismo mais sério na região genital.

Existem 5 graus de fimose:

• No primeiro grau, é possível puxar o prepúcio, mas há uma certa dificuldade em expor a base da glande. Voltar com a pele para o lugar, também pode não ser fácil.
• Na fimose grau 2, a pele já não passa pela parte mais larga da glande.
• A fimose de grau 3, por sua vez, faz com que a glande fique livre somente no orifício urinário.
• No grau 4, há grande quantidade de pele acumulada, que faz com que a glande não possa ser exposta, mas ainda há certa possibilidade de mobilidade e retração.
• Já o grau 5 de fimose, faz com que a pele fique tão firme que não é possível movimentá-la para expor a glande. Esse é o grau mais severo de fimose.

Existem várias causas. Muitas vezes, são características genéticas do indivíduo, em especial, nos casos em que o paciente já nasce assim. Assaduras frequentes, causadas por fraldas, também podem fomentar o surgimento do problema.

A fimose secundária pode ser causada por diversas razões, como a má higienização, causando inflamações frequentes que acabam estreitando a pele do local.

A principal recomendação médica para fimose é evitar realizar massagens ou manipulações com o objetivo de aumentar a abertura do prepúcio. Isso pode causar rachaduras e microfraturas na pele que só pioram a condição, abrindo caminho para a entrada de bactérias.

É importante buscar ajuda de um pediatra, o mais breve possível, para evitar qualquer tipo de infecção ou piora no quadro. Além disso, manter a boa higiene do pênis é essencial.

Para tratar essa condição, pode ser realizada uma cirurgia. Dependendo do grau da doença, o pediatra indicará pomadas feitas à base de corticoide, que ajudam a pele a se soltar de forma natural, liberando a exposição da cabeça do pênis.

A postectomia, nome da cirurgia de fimose, é realizada sob anestesia geral ou local, dependendo do caso. Durante o procedimento, é removida a pele da glande e é colocado um curativo no local.

No período pós-operatório, o paciente pode sentir um pouco de dor ao urinar, além de ter alguns sangramentos nos 8 dias seguintes ao procedimento. Ele recebe orientações sobre como fazer o curativo e também uma pomada analgésica, caso sinta dor.

Dúvidas sobre esforço e atividade sexual costumam ser tiradas após o procedimento, pelo próprio cirurgião que o fez.

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