Enxaqueca

Também conhecida como hemialgia ou migrânea, a enxaqueca é uma dor de cabeça que pode ser forte ou moderada e que geralmente é acompanhada por outros sintomas, como a sensibilidade à luz (fotofobia), ao som (sonofobia) e também enjoo e vômitos. É considerada uma doença neurológica, genética e crônica, com suas crises podendo durar por até três dias. Costuma ocorrer em qualquer idade, mas tende a se manifestar com maior frequência em adolescentes, jovens e mulheres.

Em alguns casos, pode ocorrer na gravidez, devido a alterações hormonais logo no primeiro trimestre, com as crises diminuindo no segundo e no terceiro. É necessário o acompanhamento médico, já que pode significar complicações na gestação.

A enxaqueca possui três níveis, que aumentam de acordo com a forma com que ela interfere no dia a dia. O grau leve não interfere no cotidiano e possui fácil tratamento, enquanto o nível mais grave incapacita a pessoa de realizar qualquer atividade.

Entre os sintomas de enxaqueca, podemos destacar:

• Dor localizada na cabeça, geralmente em um único ponto. Essa dor pode ser moderada ou forte e costuma latejar;
• Dor que piora quando o paciente se movimenta;
• Sensibilidade à luz (fotofobia);
• Sensibilidade ao som (sonofobia);
• Sensibilidade aos cheiros (osmofobia);
• Irritabilidade;
• Enjoo;
• Náusea;
• Vômitos;
• Bocejos constantes;
• Tontura;
• Fadiga;
• Problemas de concentração e dificuldade para encontrar as palavras;
• Mudanças no apetite;
• Retenção de líquidos;
• Agitação;
• Depressão.

A enxaqueca com aura é um tipo de enxaqueca em que o paciente, além de manifestar os sintomas descritos acima, apresenta também alterações em seu campo visual, que incluem a visualização de pontos luminosos, linhas em ziguezague e pontos escuros ou um embaçamento completo das vistas.

Essas mudanças no campo visual geralmente antecedem a dor de cabeça lancinante que é característica da enxaqueca. Elas podem durar desde alguns minutos até uma hora inteira antes que a dor de cabeça de fato comece.

Outros sintomas de enxaqueca com aura, para além dos fenômenos visuais, incluem:

• Formigamento e dormência no corpo, especialmente nas extremidades, como língua, mãos e pés;
• Ouvir ruídos e zumbidos nos ouvidos;
• Transpiração excessiva;
• Dificuldade para mexer os olhos;
• Perda temporária da visão;
• Alteração nas sensações do corpo, como sentir que está caindo mesmo estando parado;
• Visão borrada;
• Dificuldade para falar;
• Náusea muito forte;
• Tontura;
• Perda do equilíbrio;
• Alucinações.

Existem diversos outros tipos de enxaqueca, entre eles:

• Enxaqueca sem aura – É uma enxaqueca comum, sem dor latejante;
• Enxaqueca crônica – Dura cerca de 15 dias, causando dores intensas e latejantes, podendo ser com ou sem aura;
• Enxaqueca hemiplégica – Este subtipo tem sintomas semelhantes a um derrame, podendo existir perda de sensibilidade, fraqueza e sensação de formigamento. Nem sempre ocorre dor de cabeça e pode durar por horas ou dias;
• Enxaqueca Retiniana – Mais comum em mulheres e pode desenvolver problemas mais graves. Pode gerar perda de visão temporária e durar por minutos ou meses;
• Enxaqueca Vestibular – Apresenta sintomas comuns, além de vertigem e tontura. Pode aparecer de diversas formas e durar minutos ou dias;
• Enxaqueca Menstrual – Ocorre dias antes ou após o início do ciclo menstrual, com sintomas semelhantes à enxaqueca comum. Seu surgimento acontece devido à redução dos níveis de estrogênio do organismo.

Outro tipo é a enxaqueca oftálmica, condição rara que acomete um ou ambos os olhos. Ela ocorre pela redução do fluxo sanguíneo, mas também pode acontecer devido a espasmos dos vasos sanguíneos na retina ou atrás dos olhos. No entanto, a principal causa de enxaqueca oftálmica se deve a fatores genéticos.

Os sintomas da enxaqueca oftálmica são semelhantes a outros tipos, porém o principal é a presença de um pequeno ponto cego que afeta a região central da visão, que pode variar de tamanho para algumas pessoas. Dependendo do tamanho, acaba impossibilitando atividades do dia a dia. Além disso, há pacientes que relatam a sensação de olhar para um vidro rachado ou enxergar um ponto cintilante na parte central ou próximo do campo da visão.

Muitas coisas podem causar enxaquecas no paciente, desde a ação dos hormônios no período pré-menstrual, em pacientes do sexo feminino, a até mesmo a insônia e o tabagismo.

No entanto, acredita-se que existem alguns fatores que podem fazer com que uma crise de enxaqueca seja desencadeada no paciente, como:

• Estresse e nervosismo;
• Ansiedade e tensão;
• Alterações no humor;
• Exposição prolongada a ruídos altos, odores fortes ou temperaturas elevadas;
• Mudança súbita da pressão atmosférica e alterações climáticas;
• Exercícios intensos;
• Sono prolongado ou insônia;
• Ingestão de bebida alcóolica;
• Traumas cranianos;
• Nas mulheres, a baixa nos níveis hormonais antes de menstruar;
• Causa hereditária;
• Insônia;
• Perfumes e odores pungentes;
• Tabagismo.

A alimentação também é um fator a se levar em conta. Existem diversos alimentos que causam enxaqueca, como chocolate, frutas cítricas, sorvetes, nozes, comidas gordurosas, condimentados, ricos em glutamato monossódico (presente em salgadinhos, molhos, adoçantes), embutidos, lácteos e excesso de cafeína, bem como ficar em jejum por longos períodos.

A depender das causas da enxaqueca e da intensidade da dor do paciente, é possível encontrar tratamentos que podem curar ou mesmo atenuar as dores causadas pela enxaqueca.

Os tratamentos para enxaqueca vão depender da intensidade da dor sentida pelo paciente e também da frequência com que ele é afetado por crises.

Existem pacientes que tomam um remédio e conseguem controlar as dores, enquanto outros podem precisar de uma mudança no estilo de vida ou mesmo na dieta para poder melhorar por completo das crises de enxaqueca.

Pacientes com enxaqueca crônica podem ainda fazer o uso de métodos de tratamento alternativos, como aplicações de botox na testa e nos lados da cabeça ou mesmo tratamentos com acupuntura para permitir a melhora das crises frequentes.

Já o tratamento para enxaqueca oftálmica consiste no uso de medicamentos utilizados para enxaqueca comum, embora seja necessário o acompanhamento de um neurologista e um oftalmologista.

Alguns outros tratamentos para enxaqueca podem envolver terapia de relaxamento, meditação e mindfulness, que compreendem exercícios musculares e de respiração, que reduzem a excitabilidade das células nervosas e a tensão muscular, fazendo com que a própria pessoa aprenda a controlar suas respostas físicas a dor.

A prevenção da enxaqueca é feita por meio da adoção de hábitos saudáveis, como ter uma alimentação balanceada e respeitar os horários das refeições. Fazer exercícios físicos também pode ajudar, embora se deva evitar dias muito quentes.

No entanto, para um paciente com crises de enxaqueca, também é importante dormir bem, reservando de sete a nove horas de sono por noite para que o descanso seja feito por completo.

Ainda, trabalhar no gerenciamento do estresse e da ansiedade são essenciais para que um paciente com enxaqueca evite ter novas crises da doença.

Para mulheres que sofrem com enxaqueca na gravidez, é necessário ter cuidados com a alimentação, procurar lugares calmos e com pouca luminosidade, praticar regularmente atividades físicas leves e moderadas, além de descansar e relaxar o máximo possível.

Também é possível aliviar a enxaqueca por meio de algumas medidas, entre elas:

• Evitar deitar e procurar um ambiente fresco e escuro, sem ruídos e cheiros fortes;
• Colocar gelo na região dolorida e beber bastante água;
• Ter a medicação prescrita pelo médico e a indicação de posologia.

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