Disfunção Poliglandular

Também conhecida como síndrome poliglandular, a disfunção poliglandular é um grupo de doenças que afetam múltiplas glândulas endócrinas, como tireoide, paratireoides e suprarrenais. Elas são responsáveis por secretar hormônios e regular diversas funções do organismo. O paciente pode apresentar deficiência ou excesso de produção hormonal.

As disfunções poliglandulares se caracterizam como autoimunes, ou seja, ocorrem quando o sistema imunológico ataca o próprio corpo.

Existem diferentes tipos de disfunções poliglandulares, a depender das glândulas acometidas e dos sintomas. Entre as principais estão:

• Síndrome poliglandular autoimune tipo 1: causada por mutação genética, ela costuma se manifestar ainda na infância e pode levar a complicações como candidíase mucocutânea, doença de Addison, diabetes e insuficiência adrenal. Nesse quadro, a atividade das glândulas paratireoides e adrenais tende a se tornar lenta.
• Síndrome poliglandular autoimune tipo 2: também de origem genética, afeta sobretudo mulheres adultas e está associada à hipoatividade das glândulas adrenais e da tireoide. Por vezes, a tireoide secreta hormônios excessivamente. Além disso, esse tipo se caracteriza pela presença da doença de Addison junto à patologia tireoidiana e/ou diabetes.
• Síndrome poliglandular autoimune tipo 3: nesse caso, a doença da tireoide tem causa genética e se relaciona a outras condições autoimunes, como gastrointestinais, dermatológicas e neuromusculares.

A disfunção poliglandular é uma doença autoimune, por isso sua causa principal é um mau funcionamento do sistema imunológico, responsável por defender o corpo contra microrganismos prejudiciais, incluindo vírus e bactérias. Como esse mecanismo passa a interpretar erroneamente as glândulas endócrinas como invasoras, células de defesa são enviadas para atacá-las, o que provoca uma série de problemas e sintomas. No entanto, fatores genéticos e ambientais também podem aumentar o risco de desenvolver a condição.

Os sintomas da disfunção poliglandular podem ser diversos, variando  conforme o tipo de doença e se as glândulas se tornam hiperativas ou hipoativas. Porém, as manifestações mais comuns incluem:

• Perda ou ganho de peso sem motivo aparente;
• Redução do apetite;
• Fraqueza muscular;
• Fadiga;
• Mudanças de humor;
• Tontura;
• Formigamentos e câimbras;
• Prisão de ventre;
• Queda de cabelo;
• Convulsões.

Infelizmente, ainda não há cura para doenças autoimunes, mas existe tratamento para evitar complicações graves e garantir a qualidade de vida do paciente.

O tratamento da disfunção poliglandular é principalmente hormonal. Se as glândulas são hiperativas, a terapia visa diminuir a produção dos hormônios. Em casos de glândulas hipoativas, faz-se a reposição hormonal. Também é preciso controlar o sistema imunológico por meio de imunossupressores. Outros tipos de remédios podem ser necessários para amenizar os sintomas.

O endocrinologista é o médico especialista mais indicado para diagnosticar e tratar a disfunção poliglandular.

Além da avaliação clínica e da análise do histórico do paciente, para identificar a disfunção poliglandular o médico solicita exames de sangue que medem os níveis hormonais e de anticorpos. Para um diagnóstico mais preciso, é possível realizar ainda exames complementares, como genéticos e de imagem.

Na Rede D’Or você pode contar com diversos exames de diagnóstico para identificar a disfunção poliglandular com precisão, além de profissionais especializados para indicar a melhor forma de tratamento e recomendar os medicamentos essenciais para a sua recuperação, se for preciso.

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