Também chamada de cirrose hepática, a cirrose é uma condição em que algumas células do fígado são destruídas ou deixam de funcionar corretamente, resultando na formação de cicatrizes, fibroses e nódulos no tecido e fazendo com que o fígado tenha seu funcionamento comprometido ou parcialmente afetado.
A cirrose é a consequência de uma série de processos inflamatórios que afetaram o fígado no passado. Conforme o órgão passa por esses processos, ocorrem alterações em seu tecido. A partir do momento que esse tecido se torna tão alterado que o órgão é incapaz de funcionar corretamente, o paciente recebe o diagnóstico de cirrose.
O fígado é responsável pela produção de bile, usada no processo digestivo, além de produzir colesterol e proteínas. O órgão também cuida de processar nutrientes, medicamentos e álcool, auxiliando na limpeza do sangue, e trabalha para armazenar glicose.
Por isso, quando seu funcionamento é comprometido, o paciente pode apresentar uma série de desequilíbrios em seu metabolismo e organismo.
A cirrose é uma doença crônica e não tem cura. Ela é progressiva e costuma evoluir aos poucos, sendo que de início pode não ocasionar sintomas.
A cirrose é mais associada ao consumo excessivo de álcool e outras drogas, mas também pode ser resultado de outras doenças, como as hepatites autoimune, B e C, que podem ser desencadeadas pelo uso excessivo de certos medicamentos.
Assim, entre as principais causas de cirrose, destacamos:
Existem alguns fatores de risco, que podem aumentar as chances do paciente desenvolver cirrose. Entre eles, destacamos:
No geral, qualquer paciente pode ter cirrose. No entanto, a doença é mais comum em pacientes do sexo masculino.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a cirrose foi a 10ª maior causa de mortes no Brasil, em 2017.
Por vezes, a cirrose hepática é confundida com a cirrose biliar primária, mas as duas condições são diferentes. A cirrose biliar primária é o resultado de um processo inflamatório que resulta em um acúmulo de bile no fígado, com uma evolução diferente da cirrose hepática.
Inicialmente, a cirrose não apresenta sintomas.
No entanto, conforme a doença evolui e o comprometimento do fígado aumenta, os principais sintomas são:
Uma das complicações mais comuns da cirrose é a encefalopatia hepática, na qual o cérebro pode deixar de funcionar corretamente, causando perda de consciência e confusão mental, por conta dos problemas no fígado.
A cirrose também aumenta a chance do paciente ter câncer do fígado, infecções no organismo e hemorragias e sangramentos internos.
Não há cura para a cirrose e não é possível reverter os danos ao fígado, uma vez que eles tenham se instalado.
O tratamento da cirrose é feito de forma a evitar que mais danos sejam causados ao fígado, inclusive por meio do tratamento do vício, se essa for a causa da cirrose.
Por fim, nos casos mais severos de cirrose, é preciso realizar um transplante hepático, ou seja, um transplante do fígado, para que o paciente possa continuar levando a sua vida.
Antes que o transplante hepático seja realizado, no entanto, é importante destacar que há a necessidade do paciente passar por uma avaliação que determinará se ele é ou não um candidato viável ao transplante de fígado.
Nessa avaliação, por exemplo, são estudados os motivos que levaram o paciente à cirrose. Nos casos em que a doença acontece devido ao alcoolismo ou devido à hepatite B, é preciso avaliar a conjuntura atual do paciente, para entender se não há chances de comprometimento do novo órgão recebido no transplante hepático por cirrose.
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