Câncer de Pênis

O câncer de pênis é um tumor raro que pode surgir no órgão ou apenas na pele que o cobre, provocando mudanças na cor e textura da pele, assim como surgimento de nódulos ou feridas. Geralmente esse tipo de câncer acomete idosos com mais de 60 anos, mas os jovens não são descartados, especialmente, os homens fumantes e que façam a má higiene da região íntima.

O carcinoma de células escamosas é o tipo mais comum de câncer de pênis, representando mais de 95% dos casos. Este tipo pode ser dividido em alguns subtipos, como o carcinoma verrucoso, que é semelhante a uma verruga genital benigna, e carcinoma in situ, que é considerado o estágio inicial do câncer de pênis, quando as células cancerígenas são encontradas apenas na superfície da pele.

Existem outros tipos de câncer de penis, entre eles:

• Melanoma –  tem seu início nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele. Esses tumores tendem a crescer e se disseminar rapidamente, sendo mais agressivos do que outros tipos de câncer de pele;
• Carcinoma basocelular –  também pode se desenvolver no pênis, representando uma pequena porcentagem dos casos. Possui crescimento lento e raramente se dissemina para outras partes do corpo;
• Adenocarcinoma (Doença de Paget do pênis) –  tipo muito raro de câncer de pênis que se desenvolve a partir das glândulas sudoríparas da pele do pênis, podendo ser difícil distingui-los do carcinoma in situ;
• Sarcoma – uma pequena porcentagem dos tumores de pênis se desenvolve a partir dos vasos sanguíneos, músculos ou outras células do tecido conjuntivo do pênis e são denominados sarcomas.

Também existe a presença de tumores benignos. Embora não apresentem riscos para a saúde por serem superficiais, é necessário tomar cuidado, já que podem se tornar malignos. Os principais tumores benignos são:

• Condilomas – é um tumor benigno que se assemelha a verrugas comuns e são causados pelo papilomavírus humano (HPV);
• Papulose Bowenóide – outro tipo de tumor benigno, sendo comum em homens mais jovens. É caracterizada pelo aparecimento das células problemáticas apenas na camada superficial da pele, originando um aspecto semelhante ao das acnes.

A causa exata do câncer de pênis ainda é desconhecida. Mas alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento da doença como:

• Tabagismo;
• Poucos hábitos de higiene íntima, de forma que há aumento da quantidade de secreção acumulada sob o prepúcio;
• Infecção pelo vírus HPV;
• Ausência de circuncisão ou circuncisão realizada quando adulto, dificultando a realização correta da higiene do órgão, bem como o acúmulo de secreção branca;
• Idade superior a 60 anos.

O câncer de pênis pode causar diversos problemas para o homem, entre eles a amputação parcial ou total do membro.

Os principais sinais e sintomas do câncer de penis são:

• Aparecimento de ferida avermelhada que não cicatriza;
• Nódulo no pênis, na glande ou no prepúcio;
• Pele do pênis mais espessa ou com alterações na cor;
• Corrimento com mau cheiro que sai pela uretra;
• Sangramento pelo pênis;
• Secreção branca (esmegma);
• Inchaço da extremidade do pênis;
• Presença de ínguas;
• Dor e inchaço nas ínguas na virilha;
• Tumoração na glande, no corpo do pênis e na pele que cobre a cabeça do membro.

O diagnóstico do câncer de pênis é feito basicamente por meio de biópsia incisional de qualquer lesão peniana suspeita para se diferenciar as lesões malignas, assim como seus subtipos, das lesões pré-cancerosas e das benignas. No entanto, pode ser feita a biópsia excisional – para lesões de até um centímetro, com anestesia geral e retirada de toda a lesão, e a punção aspirativa por agulha fina (PAAF) também pode ser utilizada para aspirar uma amostra do tumor e encaminhar para análise.

Exames de imagem também podem ser feitos para ajudar no diagnóstico da doença, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia. Quanto antes o câncer de pênis for descoberto e diagnosticado, maiores as chances de cura.

O câncer de pênis tem cura, mas a cirurgia pode ser necessária para realizar a remoção dos tecidos afetados, que podem envolver circuncisão, uma excisão simples e até penectomia (retirada total ou parcial do pênis). Outros procedimentos cirúrgicos envolvem ressecção a laser, criocirurgia, linfadenectomia e a cirurgia de Mohs. Além disso, após a remoção, sessões de quimioterapia (tópica ou sistêmica) e radioterapia podem ser realizadas para eliminar as células tumorais que sobraram.

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