Câncer de Ovário
Considerado o terceiro tumor ginecológico mais comum nas mulheres, é um câncer silencioso e apresenta sinais já em fase avançada. Os ovários são glândulas reprodutivas, responsáveis por produzir importantes hormônios: estrógeno e progesterona, relacionados à reprodução.
O que é o câncer de ovário?
Os ovários são glândulas reprodutivas femininas, responsáveis por produzir importantes hormônios: estrógeno e progesterona, ambos relacionados à reprodução, mas que também regulam uma série de aspectos fundamentais para a boa manutenção da saúde feminina.
O câncer de ovário é o segundo tipo de tumor ginecológico mais comum no Brasil, atrás apenas do câncer de colo do útero, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
É um câncer silencioso e costuma apresentar sinais somente quando já está em fase avançada.
Quais os tipos de câncer de ovário?
Os tipos de câncer de ovário mais comuns são os que se originam nas células epiteliais, que são aquelas que revestem a superfície do órgão. Estão entre eles:
- Carcinoma seroso-papilífero: representa cerca de 75% dos tumores invasivos de câncer de ovário.
- Carcinoma endometrioide: é o segundo tipo mais frequente dos tumores epiteliais.
- Carcinoma mucinoso e carcinoma de células claras: em geral, apresentam comportamento mais agressivo que os dois primeiros, um risco aumentado de metástases e respostas mais desfavoráveis à quimioterapia, principalmente quando diagnosticados em fases avançadas.
Existem ainda outros tipos de tumores que afetam os ovários, entre eles:
- Tumores não invasivos ou de baixo potencial de malignidade (borderline): os carcinomas serosos e os mucinosos são os mais frequentes. São tumores relativamente incomuns, que crescem lentamente e raramente dão origem a metástases. Tendem a afetar mulheres em idades mais jovens e apresentam altos índices de cura.
- Tumores do cordão sexual: incluem os tumores da célula da granulosa e de Sertoli-Leydig, que têm origem nas células produtoras de hormônios femininos (por isso recebem esse nome) e altas possibilidades de cura.
- Tumores germinativos: têm início nas células germinativas que dão origem aos óvulos. São raros, representando entre 3% a 5% de todos os tumores ovarianos, e também têm grandes chances de cura. Os tipos mais comuns são o teratoma imaturo (o teratoma maduro é um tumor benigno), disgerminoma, tumor do seio endodérmico e coriocarcinoma.
Quais são as causas do câncer de ovário?
Em uma pequena porcentagem de mulheres, o câncer de ovário acontece por mutações genéticas hereditárias, mas a maior parte deste tumor está associada a uma mutação genética adquirida. As causas ainda são incertas, e muitas análises são feitas para concluir a origem do câncer.
Quais são os fatores de risco para câncer de ovário?
O que os especialistas sabem é que há fatores de risco que ampliam as chances de desenvolver câncer de ovário, entre eles:
- Idade: quanto mais a idade avança, maior é a chance de desenvolver tumores ovarianos.
- Infertilidade: a dificuldade para engravidar também é um dos fatores que costuma levar ao aparecimento do câncer do ovário.
- Número de filhos: mulheres que tiveram vários filhos têm menor risco de desenvolver a doença, enquanto aquelas que não têm nenhum têm o risco ampliado.
- Menarca precoce ou menopausa tardia: mulheres que tiveram a primeira menstruação antes dos 12 anos ou aquelas que entraram na menopausa após os 52 anos também têm maior risco de desenvolver a doença.
- Histórico familiar: quando há incidência de cânceres de ovário, colorretal e de mama na família, a mulher deve ficar atenta.
- Excesso de gordura corporal: a obesidade também é um fator que amplia o risco do aparecimento de tumores nos ovários.
Quais são os sintomas do câncer de ovário?
Os sintomas costumam aparecer tardiamente, ou seja, quando o câncer já está em estágio avançado, e ainda podem significar outras enfermidades. Portanto, é recomendado consultar um médico para o diagnóstico preciso e o início do tratamento o quanto antes.
Alguns dos sinais do tumor podem ser:
- dificuldade para se alimentar ou perda de apetite;
- sangramento vaginal anormal (principalmente após a menopausa);
- pressão, dor ou inchaço na região pélvica ou abdominal;
- sensação de inchaço na barriga;
- perda ou ganho de peso inesperado;
- náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia;
- cansaço constante.
Como é feito o diagnóstico do câncer de ovário?
Como o câncer de ovário costuma ser silencioso em fases iniciais, é fundamental manter visitas regulares ao médico ginecologista a fim de detectá-lo de forma precoce.
No caso do aparecimento de sintomas, o médico pode solicitar a realização de exames laboratoriais, sendo os mais comuns:
- Ultrassom transvaginal: esse exame pode diagnosticar uma massa no ovário, mas não indica se ela é maligna ou benigna, exigindo-se, assim, a necessidade de biópsia. A maioria, no entanto, costuma ser benigna.
- Exame de sangue: o CA-125 é uma proteína do sangue que, em muitas mulheres, fica elevada quando há presença de tumores no ovário. Esse exame pode ser útil como um marcador tumoral para orientar o tratamento, porque um nível elevado muitas vezes diminui se o tratamento está respondendo.
Os tumores ovarianos podem se apresentar em diferentes estágios, a depender do tamanho e do quanto se expandiram para outros órgãos:
- Estágio I – o tumor está restrito a um ou no máximo aos dois ovários.
- Estágio II – o câncer avançou para a pélvis ou para o útero.
- Estágio III – o tumor alcançou o intestino, as glândulas linfáticas da barriga ou da pélvis.
- Estágio IV – o câncer está espalhado para outras partes do corpo, como pulmões e fígado.
Como é feito o tratamento de câncer de ovário?
Sempre com a recomendação do médico especialista, o tratamento pode ser realizado através de cirurgias, quimioterapia e radioterapia.
A escolha vai depender, principalmente, do tipo histológico do tumor, do estadiamento (extensão da doença), da idade e das condições clínicas da paciente e se o tumor é inicial ou recorrente.
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