O câncer de esôfago, que é um tubo que liga a garganta ao estômago, é duas vezes mais frequente na população masculina que na feminina em todo o mundo.
O câncer de esôfago, que é um tubo que liga a garganta ao estômago, é duas vezes mais frequente na população masculina que na feminina em todo o mundo. Em geral, começa nas células do revestimento interno do esôfago, cresce para dentro do canal e, dali, para as suas paredes.
No Brasil, esse tipo de tumor é o sexto mais frequente entre os homens e o 15° entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Existem dois principais tipos de câncer no esôfago, a depender dos fatores que o causam:
As principais causas do câncer de esôfago podem estar ligadas a fatores genéticos, como histórico na família ou antecedentes de câncer de cabeça e pescoço. Mas a maioria está relacionada a fatores de risco decorrentes dos hábitos de vida, entre eles:
Além disso, algumas doenças também podem ocasionar o surgimento de tumores no esôfago, entre elas:
Na fase inicial, o câncer de esôfago não costuma apresentar sinais. Quando a doença progride, porém, podem surgir alguns sintomas, entre eles:
É preciso ficar atento principalmente à dificuldade de engolir, ou disfagia, pois quando ela se apresenta é sinal de que a doença já está em estágio avançado. A disfagia progride de alimentos sólidos até pastosos e líquidos, levando a uma perda de peso que pode chegar a até 10% do peso corporal.
Por ser uma doença muito ligada a fatores relacionados aos hábitos de vida, adotar algumas medidas ajuda na prevenção desse tipo de câncer, entre elas:
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de esôfago deve ser feito pelo médico oncologista por meio da biópsia, feita por endoscopia guiada por ultrassom ou tomografia, quando é retirada uma amostra de tecido que é enviada para análise pelo patologista.
Além disso, para avaliar o estágio do tumor, sua disseminação e profundidade, o especialista pode solicitar, ainda, exames como tomografia de tórax e abdomen, broncoscopia PET-CT e ecoendoscopia, especialmente ao longo do tratamento.
Quando o tumor é detectado precocemente, as chances de cura aumentam muito. Essa detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas da doença (diagnóstico precoce). Essa estratégia é possível apenas em parte dos casos, já que a maioria dos pacientes só apresenta algum sintoma em fases mais avançadas da doença.
O médico oncologista orienta o tratamento de acordo com o estágio do tumor e das condições clínicas do paciente. Pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada.
No caso da necessidade de cirurgia para remoção do órgão com margem de segurança e retirada dos gânglios linfáticos ao redor do esôfago e do estômago, atualmente esse procedimento é realizado por laparoscopia ou por cirurgia robótica, o que torna o processo mais preciso, seguro e acelera a recuperação e a alta hospitalar.
Alguns casos de tumores iniciais e pequenos, que atingem somente a superfície do esôfago, podem ser removidos por meio da endoscopia, um procedimento minimamente invasivo no qual o câncer recebe uma solução salina, uma bolha se forma sobre ele e essa bolha é, então, retirada por sucção. Alguns tumores podem ser retirados usando-se eletrocoagulação.
Alguns procedimentos cirúrgicos são usados para dar mais conforto ao paciente, como a colocação de stents para a abertura de áreas obstruídas do esôfago, permitindo que o paciente se alimente com mais facilidade.
Em alguns casos de câncer de esôfago, seguindo todo o tratamento e com o diagnóstico precoce, as chances de cura podem chegar a 20%.
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