A doença pulmonar obstrutiva crônica, condição conhecida como DPOC, é a obstrução da passagem do ar pelos pulmões, causada pelo comprometimento das estruturas pulmonares responsáveis pela troca de gases (oxigênio e gás carbônico).

Apesar de ser uma doença crônica e, portanto, sem cura, é possível obter melhora dos sintomas e da qualidade de vida do paciente por meio dos tratamentos adequados.

É importante frisar que doença pulmonar crônica e asma não são a mesma coisa, apesar de apresentarem alguns sintomas em comum. Somente um especialista poderá fornecer o diagnóstico adequado.

A DPOC compreende fases que vão desde a menos até a mais grave. Os sintomas iniciais são, principalmente:

• Desconforto respiratório;
• Diminuição da capacidade física para atividades cotidianas;
• Falta de ar;
• Tosse com ou sem secreção.

Já nas fases mais avançadas, a doença se manifesta mediante:

• Falta de ar mesmo em repouso;
• Cansaço constante;
• Infecções respiratórias frequentes;
• Internações frequentes;
• Dificuldade para dormir;
• Aperto no peito;
• Chiado no peito durante a respiração;
• Lábios e ponta dos dedos azulados (cianose).

A fumaça do cigarro é a principal causa da doença. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o tabagismo é responsável por 80% a 90% das causas determináveis da DPOC, principalmente em pessoas acima de 40 anos e fumantes de 1 ou mais maços de cigarro por dia, por 10 anos ou mais.

Além disso, o contato constante com agentes químicos, fumaça de lenha, carvão e gases industriais também pode contribuir para o desenvolvimento da DPOC.

Outra causa, com menor frequência, está relacionada a fatores genéticos, como, por exemplo, a deficiência de alfa-1 antitripsina.

Para realizar o diagnóstico de DPOC, o exame físico e o relato do paciente são imprescindíveis. Dessa forma, é possível saber, por exemplo, se ele teve contato prolongado com alguma substância nociva aos pulmões.

Para confirmar a suspeita clínica, também podem ser necessários exames como a tomografia do tórax e a espirometria, que avaliam a capacidade ventilatória dos pulmões.

Os diversos tipos de tratamentos para a DPOC podem melhorar  e muito a qualidade de vida dos pacientes, auxiliando-os a respirar com mais facilidade e estacionando a evolução da doença, permitindo devolver a qualidade de vida.

O primeiro passo, nesse caso, é interromper o tabagismo o quanto antes. Nas fases iniciais, o tratamento para a DPOC compreende principalmente o uso de inaladores com medicação broncodilatadora.

As fases mais avançadas da doença contam com algumas alternativas, que serão melhor definidas por meio do acompanhamento com um pneumologista. São elas:

Uso de medicamentos para reduzir a inflamação e obstrução das vias aéreas e prevenir infecções recorrentes;

Reabilitação pulmonar para diminuir a falta de ar e facilitar a execução de atividades físicas cotidianas;

Utilização de oxigênio domiciliar para manter os níveis de oxigênio no sangue adequados e o pulmão ativo, quando indicado e sob orientação médica;

Realização de cirurgia de transplante do pulmão quando há comprometimento importante da função do pulmão.